O mundo da musica, do cinema e do amor foram sempre parentes proximos em toda a expressão creativa, dai que este filme que assume esta ligação numa comedia romantica de inicio de estação, com alguns dos novos atores de hollywood, distribuido pela Searchlight com a Disney Plus, acabou por ter o seu momento comercial, embora nos pareça que os protagonistas ainda nao tem peso para sustentar com força o filme. Criticamente o filme é arrojado mas a reação ficou-se pela mediania extrema.
Sobre o filme podemos começar por dizer que a base narrativa e a forma como tenta conjugar amor, musica e viagens ao passado fazem com que o filme funcione muito bem musicalmente com escolhas interessantes, que funcione pior nas viagens ao tempo, com alguns pontos por esclarecer na sua base, e funciona muito pior como comedia romantica principalmente no casal do presente que nem sempre tem a quimica mais forte.
E um filme com ambiçoes curtas, que tenta essencialmente homenagear o que por exemplo Cameron Crowe fez em alguns dos seus projetos, sempre com a sensaçao de ser uma comedia romantica de base, onde a logica fica de lado, para a emoçao da musica ganhar o seu protagonismo, mas fica sempre a ideia que tudo poderia ter muito mais impacto com outros atores, mas principalmente com algum maior risco na narrativa e na concretização do tema.
Ou seja um estilo de filme que nao se tem visto muito, o qual conjuga o amor, a perda e a musica, e a forma como a musica pode se tornar o ponto central do leque de memorias. Em termos de concretizaçao um filme mediano, que tem uma base arriscada que a utiliza embora fique sempre a ideia que algumas das potencialidades nao sao atingidas.
A historia fala de uma jovem que apos a morte do seu namorado, acaba por se fechar nas musicas que tem a capacidade de a levar a momentos de interação com o mesmo, ate ao momento em que conhece outro jovem enlutado que a vai fazer repensar o que poderia fazer com essa capacidade.
O argumento e estranho, original, com potencial embora nem sempre o filme o utilize de uma forma muito obvia. Fica a sensação que o impacto da relaçao presente deveria ser mais trabalhado, quem sabe com a musica, mas nao sendo um projeto facil fica a ideia que em termos de concretização da ideia poderia ser mais trabalhado.
Na realizaçao temos Ned Benson, argumentista de alguns projetos de grande ecra, entre os quais a Marvel, que tinha tido um projeto bastante original na sua triologia de Eleonor Rigby que nao teve a atençao merecida. Nao e um projeto facil, e parece que o caracter telefilme nao e o que melhor acenta no filme, mas consegue na base os seus objetivos.
No cast temos alguns dos atores ainda algo desconhecidos em ascensão em Hollywood, Boynton vai sendo cada vez mais presente, funciona na dualidade da personagem, que vai ganhando destaque depois da sua apariçao em Bohemian Rapsody. Ao seu lado Min com dinamica de televisao, e um Corenswet a ganhar tempo de antena antes de assumir Clark Kent.
O melhor - O argumento e arrojado.
O pior - A relaçao presente deveria ser muito mais trabalhada.
Avaliação - C+
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