Wednesday, April 10, 2024

Scoop

 A Netflix prepara o verão e o seu lançamento maior com a segunda parte de Rebel Moon de Zack Snyder com telefilmes de base como este que de alguma forma marca a organização e a forma como decorreu a entrevista polémica de principe André e a forma como o mesmo acabou por conduzir ao seu desaparecimento formal da familia real. Este pequeno filme recebeu na generalidade boas criticas, sendo que comercialmente vai certamente se deparar com algumas dificuldades já que nos parece um filme muito direcionado aos amantes de The Crown

Sobre o filme podemos dizer que a historia é um segmento de muito que penso que ainda ira ser feito no que diz respeito as relações de Epstein com o poder. O filme centra-se na relação com principe André, e a forma como a morte do milionario na cadeia desencadeou o derrube das cartas. O filme tem alguma dificuldade principalmente nas personagens porque indicia sempre que estas sabem a intensidade do que ira ocorrer, mesmo que os acontecimentos que aplificaram o impacto ainda não tivessem existido.

Do ponto de vista de dualidade o filme funciona, desde o lado sensacionalista do jornalismo para fazer sangue, ou a arrogancia da casa britanica que nao prespetivou a reação em cadeia que surgiu, mas onde o filme tem mais dificuldade é mesmo nas personagens, temos dificuldade em ir a procura de algo mais do que a factualidade de cada uma delas, porque o filme tenta sempre ter uma tensão exagerada para o percurso assumido.

Por tudo isto temos uma razoavel e intenso filme sobre a produçao de uma entrevista a uma das pessoas mais poderosas do Reino Unido e como isso acabou por colocar em causa a sua presença na monarquia. E daqueles filmes que entra em piloto automatico quando chega ao epicentro, mas isso muitas vezes é o que lhe permite crescer.

A historia segue toda a produçao do programa de entrevistas da BBC e como a entrevista com o Principe Andre na explosão total do caso Epstein conduziu as consequencias incontornaveis para a sua vida publica.

O argumento funciona no processo que conduz a total intensidade da entrevista, mesmo que isso seja na maior parte das vezes algo a custa das personagens e do seu crescimento. Nao tem grandes dialogos e aposta tudo na entrevista e isso faz resultar pelo menos a parte mais central do filme.

No que diz respeito à realização a batuta foi entregue a Phillip Martin um realizador de televisao que ja teve colaboraçao na serie The Crown e que por isso sabia perfeitamente gerir o assunto, embora com um trabalho demasiado produzido para televisao. O filme não e propriamente muito arriscado, mas o backstage da entrevista esta competente.

No cast o protagonismo vai para uma atriz algo desconhecida do grande publico internacional mas com algum impacto no Reino Unido, concretamente Billie Pipper. Mas onde o filme melhor funciona e na construçao detalhada de Ruffus Sewell como Andre, quase irreconhecivel.


O melhor - O primeiro capitulo, que se espera de muitos de Epstein no cinema.


O pior - As personagens estarem refens de uma tensão permanente da historia, que faz com que fique sempre a impressão que sabiam o que vinha a seguir


Avaliação - C+



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