Monday, April 22, 2024

Immaculate

 Sydney Sweeney tornou-se nos ultimos tempos numa das figuras de referencia da cultura adolescente, principalmente depois do seu sucesso em Euphoria a qual foi catapultada pelo recente sucesso nas comedias romanticas, eis que a as produtoras de Hollywood aproveitam ao maximo este momento comercial mais forte para rentabilizar o seu produto. Este e um filme de terror, sempre no ambiente propenso para este registo que é o convento. Criticamente este filme ficou-se pela mediania, o que nem foi propriamente mau, tendo em conta o estilo do filme. Por sua vez comercialmente Sweeney depois de ter falhado em parte na sua colaboração com a Marvel, voltou a não ser propriamente compentente neste filme, onde tinha as despesas comerciais toda em si.

Sobre o filme podemos dizer que não é um filme de terror paranormal, o que acaba por ja ser bom, uma vez que nos parece que o genero esta demasiado preenchido por este estilo de cinema. Aqui o mal vem das proprias pessoas, e deixa o filme totalmente entregue ao lado mais carnal, mais duro e pesado do terror, onde o mesmo tem alguns momentos impactantes, com sustos, mas mais que isso com a noção do impacto estetico que quer ter, com muito sangue a mistura.

Em termos narrativos o filme tem em toda a linha mais dificuldades em toda a sua duração. Começa desde logo com o facto de nunca percebermos qual é o fundamento e a base da atuação dos vilões da historia, percebemos que é algo mistico, mas acaba por ficar a ideia que ao mesmo tempo muito fica por explicar sobre o passado. O filme quer criar essa abertura, mas penso que não ganha propriamente muito com essa opção.

Por tudo isto parece claro que se trata de um filme com objetivos definidos mas curtos, que tenta jogar acima de tudo com o horror estetico mais que com a riqueza narrativa. Por vezes fica também a ideia que o filme ganha dimensão com as escolhas comerciais da sua protagonista, e que o mesmo estaria pensado para um filme serie b sem tão grande contraditorio. E um filme basico que ocupa espaço, mas não fica na retina.

A historia fala de uma jovem que se desloca para um convento em Italia o qual guarda um grande segredo, tudo começa a ficar mais estranho quando a mesma, sem qualquer contacto sexual acaba por engravidar e tudo começa a tornar-se mais estranho na atuação de todas as pessoas ali existentes.

O argumento é simples, fica a ideia que fica muito por esclarecer no que diz respeito às opções e vontades de todos os personagens. Também na opção narrativa o filme segue parâmetros muito definidos o que lhe tira a capacidade de se sobressair.

No que diz respeito a realização, o projeto e assumido por Michael Mohan um desconhecido que tinha como projeto mais mediato ate ao momento um filme com a mesma protagonista, previamente a sua explosao comercial. O filme tenta funcionar no terror visual, com alguma competencia embora sempre produzido algo "by the book". Mesmo assim parece que é um realizador ainda jovem que necessita de assumir alguma assinatura.

Sweeney tem intensidade nos seus papeis e aqui demonstra bem esse ponto com alguma entrega fisica. nao sera uma atriz de primeira linha mas com personagens de maior risco poderá ganhar um outro impacto ja que o conceito comercial já esta la. A presença de Monte demonstra bem o sucesso global que Casa de Papel acabou por ter.


O melhor - O lado direito da historia sem grande paranormalidade.

O pior - Muito fica por explicar


Avaliação - C



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