Thursday, April 18, 2024

In Land of Saints and Sinners

 O cinema irlandês tem sido um dos epicentros do cinema atual principalmente tendo em conta o dominio que os atores oriundos daquele pais tem tido no espectro geral. Isso faz com que se torne denunciado que surjam cada vez mais filmes sobre aquela zona do mundo com atores locais mas com um espectro global. Isso foi o que aconteceu com este filme de açao, com uma toada independente mas com um naipe de atores conhecidos. Criticamente a mediania acabou por limitar o impacto global do filme o qual teve algumas dificuldades para se distribuir nos EUA. Em termos comerciais estas dificuldades acabaram por limitar o resultado comercial do filme que se calhar ficou danificado com o cinema repetitivo que Neeson nos deu nos ultimos anos.

Sobre o filme eu confesso que quando vi pela primeira vez o anuncio deste filme pensei que se trataria de mais um filme de Neeson contra o mundo, proximo da quantidade inacreditavel de filmes com que nos brindou nos ultimos anos, mas não é. Acaba por ser um filme sobre a irlanda e sobre a forma como a guerra interna de grupos se instalou em comunidades. E um filme pouco trabalhado do ponto de vista de argumento, mas fica a clara ideia que o filme tem como principais qualidades o contexto espacial de uma irlanda bucolica que contrasta com o perigo da radicalidade das suas pessoas.

Em termos de argumento o facto de nao querer ter lado bom e lado mau acaba por ser algo confuso, ja que tambem nao tem recursos para nos fazer pensar sobre um e outro lado. Fica a ideia que e um filme demasiado carnal para querer efetuar esse debate moral, mas ao mesmo tempo a mistura de planos torna o filme algo confuso, mesmo que no final o filme opte claramente por um dos lados.

Ou seja um filme que está longe de ser brilhante, que tem como principal recurso a sua capacidade estetica que impressiona, conjugado com a lingua mae que da ao filme um lado independente que nao e muito comum, nos ultimos anos no cinema de Neeson, mas que acaba por ser um filme que marca a sua posiçao, sem nunca entusiasmar.

A historia segue um assassino contratado em plena luta para a liberdade da irlanda que tenta efetuar um ultimo trabalho, com algum apoio contra um grupo organizado escondido tambem ele destinado a fazer tudo pelas suas convicções.

O argumento e acima de tudo confuso, ja que nao da raiz as personagens para um debate mais profundo sobre os porques das suas açoes. De resto mecanismos mais simples, que não permitem o filme atingir grande impacto, ja que tenta ser imparcial e isso neste tipo de registo e sempre dificil

No que diz respeito a realização Lorenz e um produtor amigo de Eastwood que ganhou a sua liberdade recentemente mas tem dificuldade em fazer imperar o seu cinema, que esta longe do que fez como produtor. Nota-se que conhece bem a base irlandesa do filme, e isso e o segredo que é a mais valia do filme.

No cast temos um Neeson na sua base natural, num filme que foge do estilo repetitivo que temos assistido nos ultimos anos. COndon tem a intensidade que me faz pensar que fizesse merecer mais destaque global e aqui volta a exibir essa capacidade. O regresso de GLeeson e sempre bem vindo depois da marcante presença em Guerra dos Tronos.

O melhor - A irlanda priofunda


O pior - Ser algo inconsequente na mistura de objetivos de personagens


Avaliação - C



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