Vinte e dois anos depois de Robert Rodriguez ter dado o inicio a uma das sagas com maior duração que existe memória, eis que surge mais uma sequela desta vez lançada em streaming na Netflix e com novos protagonistas e antagonistas, e acima de tudo uma entrada em jogo do mundo dos videojogos. Em termos comerciais podemos dizer que o filme parece uma aposta certeira da aplicação principalmente destinada aos mais pequenos. Criticamente Spy Kids nunca foi propriamente uma referencia e este filme acaba por ser mais do mesmo.
Sobre o filme podemos começar por sublinhar que a entrada do mundo dos jogos na saga parece interessante principalmente tendo em conta uma industria em franca expansão, e um mundo que distancia bem os mais pequenos dos maiores. Ate aqui tudo bem, depois o costume neste tipo de filmes, exagero, pouco ou nenhum realismo, e pior que tudo o exagero total de cgi que faz o filme muitas vezes ser mais de animaçao do que de imagem real.
O filme tem os truques e os pontos que ja vimos nos primeiros filmes e que se foram repetindo, com a diferença que o filme, quando entra dentro do mundo dos videojogos atinge um nivel de absurdo que acaba por tornar o filme completamente infantil e pouco coerente. Todos sabemos para onde vamos quando falamos de SPy Kids, questionamos muitas vezes a razão de tantos filmes com o mesmo realizador.
Ou seja mais um capitulo de uma saga que parece nunca acabar, com tudo de novo, apenas o estilo e a roupa se mantem, o filme tem na essencia todos os elementos e defeitos dos anteriores, em que nenhum dos filmes e propriamente reconhecido pela sua qualidade, sendo o tipico filme juvenil de domingo a tarde com aqueles absurdos que Rodriguez foi acrescentando filme apos filme.
A historia e parecida com a do primeiro filme, uma familia com dois filhos, em que os pais são espiões secretos, e nos quais os menores vão ter de aderir ao estilo para resgatar os pais e mais que tudo salvar um codigo que pode dar um poder total a um criador de vidoejogos.
O argumento acaba por ter na inclusão do mundo dos videojogos alguma atualidade mas trata-a da forma absurda que Sy Kids nos habituou, o filme não tem rigor, e pouco engraçado, e não trás nada de novo. O imperativo moral final do filme acaba por ser pouco ou nada convincente.
Rodriguez fez esperar a determinado momento uma carreira bem maior e mais proxima da critica do que realmente se tornou. Spi Kids foi sempre um regresso ao inicio de uma carreira que foi perdendo fulgor. Certo é que nesta saga foi sempre muito proximo no registo, sem que isso seja propriamente um elogio.
No cast novos protagonistas, concretamente Levi e Rodriguez, em momentos menos efusivos das carreiras, que encaixam no extilo que o filme quer para as suas personagens. Nos mais jovens, as escolhas não parecem as melhores, pena e a presença de Billy Mgnunssen como vilão, ja que me parece ser um ator com mais qualidades do que este filme pode explorar.
O melhor - O mundo dos jogos
O pior - O filme ser basicamente uma copia no argumento do primeiro filme.
Avaliação - D+
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