Este detetive no mundo do cinema, foi um dos personagens mais iconicos dos cinemas dos anos 40, principalmente na adaptação interpretada por Bogart. Pois bem muitos anos depois surge uma nova roupagem, entregue a um Liam Neeson ja nos 70 anos de idade, e com o veterano realizador Neil Jordan na direção. Criticamente as coisas não correram bem com avaliações demasiado frouxas. Em termos comerciais as coisas também ficaram muito aquem, principalmente tendo em conta algum valor comercial que Neeson vai ainda tendo.
Sobre o filme temos o tipico policial dos anos 30 na industria do cinema. Normalmente estes filmes tem uma intriga que engloba o espetador e ritmo alto, o que neste caso não acontece. A intriga e confusa, pouco intressante e direcionada, onde o excesso de personagens que vão surgindo não facilita o desenvolvimento da historia e a forma como esta se torna interessante, acabando por adormecer o ritmo a um nivel demasiado baixo.
Não obstante deste ponto o filme tenta na sucessão de twists finais dar algum ritmo, mas realmente fica a ideia que um argumento algo difuso acaba por dissipar a conexão do espetador com o filme, o qual também acontece por personagens monocordicas e uma realização de epoca demasiado tradicional, que parece indicar desde cedo que o resultado do filme não seria o melhor.
Por tudo isto um filme de envolvidos cansados. Fica a ideia que a personagem Marlowe não e atual para ser rentabilizada com a mesma roupagem na atualidade. Neeson repete personagens em diversos contextos em filmes demasiado iguais e por fim Jordan não consegue dar qualquer sinal de diferença de um filme que desde cedo se percebe que não vai funcionar.
A historia segue um detetive particular contratado para apurar o paradeiro de um amante de uma poderosa produtora de Holywood, alegadamente morto, mas que acaba por se intrometer num negocio de droga e homicidio bem no centro das produções de cinema.
O argumento do filme começa por ser o maior problema, a personagem central é bastante linear, nunca ficamos a perceber o que realmente é, e as curvas da intriga são tantas sem preparação que a ligação descarrila e o filme nunca é minimamente interessante para quem o vê.
Foi nos anos 90 que Neil Jordan chamou a atenção a si do cinema, com o lado mais independente, que acabou por nunca o levar a uma primeira linha. Há muitos anos afastado desta primeira linha vai colecionando filmes como este, simples, bem contextualizados temporalmente mas sem rasgo.
No cast temos o filme e a personagem tipica de Neeson que dedicou os ultimos dez anos da sua carreira a este tipo monocordico de atuação. Ao seu lado Kruger tenta ter algum espaço em Hollywood que foi perdendo e Lange para preencher um cast que nunca tem no filme qualquer forma de se fazer realmente notar.
O melhor - O contexto temporal e trabalhado.
O pior - Um argumento muito rebuscado para tão pouco resultado
Avaliação - C-
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