Desde a primeira imagem que se percebeu que The Whale poderia transformar Brendan Fraser num claro candidato a oscar naqueles Comebacks que Hollywood adora. No momento em que o filme foi lançado no sempre imponente festival de Veneza percebeu-se que realmente Fraser seria candidato mas o filme em si não tinha obtido a unanimidade para tambem ele acompanhar o seu protagonista com criticas tendentes para a mediania. Comercialmente e principalmente pelo ingrediente Fraser o filme tornou-se num claro sucesso de bilheteira.
The Whale e aquilo que toda a gente espera que seja no ponto de vista do que nos da em termos de sentimento, é pesado, é forte, faz-nos fechar os olhos, faz-nos espectar um final diferente, numa montanha russa de sensações e emoçoes fortes guiadas por um Charlie absolutamente criado de cima a baixo por um dos melhores papeis dos ultimos anos. Muitos dizem que e um papel que foi pensado para Oscar, mas isso nao retira em nada a dificuldade de cada minutos que vimos e como o filme nos leva sempre ao sabor da personagem.
Naquilo que é o lado mais humano do filme, ele funciona, nos dialogos, nas respostas a situação, no desenvolvimento da relação, nos momentos afetivos como de desespero, o filme e capaz, e intenso, é aquilo que quer ser. Podemos sair com menos força da componente de crença e fe que Aronofsky parece sempre querer dar nos seus filmes mais recentes, ai o filme pode ser mais confuso e difuso no que quer transmitir e parece ser sempre mais uma assinatura do realizador do que propriamente uma forma de narrativa.
Por tudo isto sendo um filme simples sobre personagens e momentos, The Whale faz tudo isso com uma intensidade e com um impacto que o faz ser facilmente um dos melhores filmes do ano. Realizado com o lado cru e visual que o realizador quer, é uma viagem à emoção e ao limite do ser humano a todos os niveis, e muitas vezes este registo so e possivel em realizadores de primeira linha.
O filme fala-nos de um obeso professor de ingles, retido em casa que acaba por ao perceber que a sua morte esta proxima, tentar reatar a relação com a sua filha, com quem nao contacta nos ultimos 8 anos, o filme dá-nos uma semana de vivencias e de caminho da redenção.
Em termos de argumento temos dois pontos distintos no filme, por um lado a vertente humana em que o filme e claramente muito bem escrito em personagens intensas, densas, bem caracterizadas que proporcionam dialogos de primeira linha, por sua vez no lado mais concetual de fé e religião o filme pode ser mais vago.
Aronofsky e dos realizadores que consegue impingir mais intensidade e densidade aos seus filmes, com a intensidade e o desespero a serem normalmente componentes muito fortes. Depois de alguns fiascos nos seus ultimos trabalhos, principalmente Mother, eis que regressa ao lado mais claro da critica com um trabalho que merece o sublinhado de destaque.
No cast o filme tem talvez dos melhores desempenhos do ano e que deu a Fraser o regresso com uma forma que nunca o tinhamos visto. E intenso, e dramatico, é simpatico, e fisicamente unico, numa das melhores prestações que tenho memória. AO seu lado Hong Chau tambem brilha tendo conseguido a nomeaçao, de uma forma justa embora num filme como este seja dificil ver para alem do seu protagonista,
O melhor - Entre outras coisas, acima delas Fraser.
O pior - O lado de debate de fé pode ser algo confuso
Avaliação - B+
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