Numa altura em que o cinema parou por completo existia um filme que estava a ser uma das revelações do ano principalmente pela sua irreverência do seu conceito. Este The Hunt uma espécie de carnificina sob a forma de filme não tinha propriamente chamado a atenção da critica, contudo a distribuição wide que o filme tinha conseguido fazia pensar que os resultados podiam ser melhores quando o mundo entrou em standby e este filme acabou por ter de ser lançado em streaming onde os valores são incalculáveis.
Sobre o filme podemos dizer que no mínimo e original, os primeiros vinte minutos com pessoas conhecidas dos espetadores a irem desaparecendo uma a uma ate chegar a protagonista e dos pontos mais originais do ano, porque cria no espetador que o que estamos a seguir agora vai ser a referencia que acaba por não ser, nisso o filme e original e torna-se num dos melhores inícios pelo menos em criatividade que a memoria.
Com a entrada em cena da protagonista o filme perde um pouco dessa originalidade tornando se apenas um filme mais violento e agressivo de uma luta sem limites. Na parte final fica a ideia que a explicação para tudo o que assistimos poderia ser melhor trabalhada e mais consistente o que acaba por não ser e o impacto inicial do filme se diluir um pouco, ficando apenas alguns pormenores interessantes como as comparações literárias.
Por tudo isto parece-me que The Hunt mais que um ótimo filme e algo diferente que funciona sem ser deslumbrante, tem um problema de ir do mais ao menos o que nem sempre ~e positivo mas fica a ideia que o filme sabe mesmo assim ser criativo na sua abordagem o que nem sempre acontece principalmente numa espécie de comedia de horror negra.
A historia fala de uma serie de personagens que são abandonadas com armas com o objetivo apenas de serem caçadas por um grupo estranho de pessoas cujos motivos são desconhecidos.
Em termos de argumento a historia tem uma base original embora algo irreal, mas que poderá ser simbólica no mundo moderno. Fica a ideia que o filme poderia ter uma explicação melhor trabalhada mas principalmente na abordagem do conceito o filme funciona.
Na realização Craig Zoble chama a atenção pelo excelente inicio do filme, numa abordagem de realizador, original, impactante num filme que depois não consegue manter esse registo, mas esta assinatura deixa antever num realizador ainda jovem que existe um bom caminho para trilhar.
No cast o filme vai nos dando algumas figuras de um segundo plano mas conhecidas que vao desaparecendo ate ao filme pegar na sua protagonista Betty Gilpin para uma prestação interessante misteriosa e física que encaixa no perfil que o filme quer. Apenas na parte final temos Swank a tentar ganhar alguma dimensão de um filme que não e para interpretações mas cujas escolhas funcionam no conceito
O melhor - A primeira meia hora de filme.
O pior - Não conseguir manter o registo na hora seguinte
Avaliação - B-
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