A pascoa e sempre uma época com alguns títulos de grandes estúdios a tentar rentabilizar os seus produtos, principalmente no terreno de animação. A Disney antecipou-se em cima de um terramoto, lançando este novo produto da sua maior aliada Pixar, nunca pensando que a crise sanitária impedisse que o filme tivesse mais de duas semanas em exibição. Criticamente como a maior parte dos filmes da pixar as coisas correram bem com avaliações essencialmente positivas. Comercialmente em cima de um desastre os 100 milhões tem de ser considerados significativos num filme que ia ter bem mais valorização noutro contexto.
Esta historia da Pixar vai ficar conhecida por ser a grande estreia que teve lugar antes da crise que todos mergulhamos devido ao coronavírus e isso vai impedir de ver alguns apontamentos de um filme que como a maioria dos filmes da Pixar tem na lição emocional a sua maior virtude, que para alem de forte e muito bem trabalhada na sua conclusão no cai no obvio que outros estúdios fazem em termos de animação.
Na sua construção esta longe de ser das obras primas da pixar, principalmente porque a escolha de monstros e mais monstros não seja fácil de criar a cumplicidade entre o espetador e o publico, o facto de ter demasiada magia tornar o filme demasiado aberto no espectro e isso não ser intimista com força como outros filmes da pixar consegue ser. Mas fica a ideia que o filme constrói muito bem o seu final e o impacto desse fim acaba por deixar o filme em boas graças.
Tecnicamente não e claramente um dos maiores produtos da pixar, fica a ideia de ser ligeiramente inferior mesmo em produção mas as coisas funcionam ainda com alguns condimentos que outros filmes da pixar já o fizeram. Em termos de humor já vimos trabalhos mais funcionais num filme que quer ser uma mistura de ação e emoção.
A historia fala de dois irmãos que apos um feitiço incompleto avançam numa viagem de forma a permitir arranjar forma de completar o feitiço e poder ter contacto com o falecido pai.
Em termos de argumento a pixar já nos deu filme que se introduzem melhor mas este filme tem uma virtude que é explodir emocionalmente de uma forma bem trabalhada no argumento e principalmente na realização e isso e uma virtude dos maiores.
Na realização Scanlon já tinha tido o leme do segundo episodio de MOnsters Inc ainda que sem grande brilho. Aqui o filme esteticamente e em termos produtivos não são brilhantes sendo apenas funcionais no espetro Pixar. Sublinha-se a forma como no final o filme consegue dar impacto emocional na boa escolha de imagem. Para alguém ligado a pixar pode ser uma rampa para filmes maiores.
No cast de vozes a escolha de Holland e Pratt encaixam perfeitamente nas personagens e o filme ganha dimensão com isso. Os filmes da Pixar não são dependentes de vozes mas aqui as coisas funcionam bem em simbiose.
O melhor - O valor emocional da sua conclusão
O pior - EM termos de humor e curiosidade já vimos mais na Pixar
Avaliação - B
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