A historia tem em si uma componente interessante, não so pela personagem central em si, um dos icons mais misteriosos, principalmente pela forma pouco justificada com que desapareceu com o lado da investigação policial e os métodos de Hoover. O filme contudo não consegue chamar e fazer funcionar a qualidade dos elementos num filme interessante, desde logo porque e demasiado pequeno e perde-se na eloquência da personagem.
E pena que um filme com um conteúdo tao sensível e sublinhando não resista a uma ma preparação. E aqui parece-me mais claro que o filme falha nas personagens e nas suas ligações, nunca consegue desenvolver as mesmas nem de uma forma singular nem nas suas relações e o filme fica órfão totalmente desses pontos de união contando a historia sem a força que a mesma poderia ter principalmente na discussão entre segurança e liberdade.
Ou seja fica a sensação que o filme perde uma excelente oportunidade de ser um biopic que para alem de contar a sua historia fazer uma analise sobre a evolução das técnicas policias ou a interferência policial na historia da democracia, tornando-se um filme que parece paralisado em fazer resultar esteticamente uma personagem que tinha esse tamanho mas cuja interprete parece-me longe de ter sido a mais feliz.
A historia fala do cino Jane Seberg e a sua investigação por parte da policia federal norte americana tendo em vista perceber o envolvimento e o financiamente que a atriz fazia as forças raciais negras no combate por igualdade.
Em termos de argumento parece-me que o filme nunca consegue potenciar personagens mesmo que estas tivessem tudo para funcionar e isso e claramente lesivo para o filme. FIca a ideia que o filme tinha tanta matéria para trabalhar mas que em termos de argumento nunca consegue arranjar as ideias para tudo resultar.
Na realização Benedict ANdrews e um realizador ainda com pouco espaço que tinha aqui um filme para se fazer vincar e perdeu a oportunidade principalmente porque pensou que Stewart na incorporação de Seberg teria uma dimensão que não tem e o filme aposta demasiadas fichas nela. Pode ser inexperiência ou mais que isso.
No cast parece-me que uma personagem icónica como Seberg merecia uma actriz que enchesse mais o ecrã, com mais recursos, algo que acho que Stewart esta longe de ter, pese embora nos últimos tempos esteja a escolher melhor os filmes. Nos secundários apenas a ideia que O Connell merece mais espaço.
O melhor - Aquilo que o filme poderia ter como reflexao
O pior - O filme pensar que Stewart teria uma dimensão que não tem
Avaliação - C-
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