Thursday, September 19, 2019

Blinded by Light

O cinema e a musica nos ultimos tempos tem estado bastante relacionados com dois filmes de verão a unir algumas figuras iconicas da musica como inspiração de filmes ingleses, e estranho ou não com descendentes ou imigrantes como figuras centrais. Sem o mediatismo que teve yesterday este filme com muita ligação a BRuce Springsteen embora com o crew mais modesto consguiu melhores criticas com avaliações essencialmente positivas. Comercialmente sem a chancela de Boyle ou mesmo Curtis as coisas foram bem mais dificeis com resultados a todos os niveis mais moderados.
Sobre o filme eu começo por referir que ate acho inspirador associado o desenvolvimento de um jovem a uma musica que ouve, pois todos a determinados momentos nos unimos a este sentimento. O problema deste filme acaba por ser que no momento em que Springsteen entra no filme este deixa por completo de ser concreto limitando-se a fazer interpretaçoes exaustivas da musica do cantor, o que torna monótono  e por vezes demasiado facil.
O filme tem um teor descontraido, com dois vetores que funcionam, desde logo dar-nos um panorama realista de uma pequena cidade em mudança, em plena contigencia economica dificil, e mesmo nas diferenças de tradiçao muito trabalhada no espirito de sacrificio dos emigrantes com todos os problemas inerentes a uma adaptaçao sempre dificil. Aqui parece-me claro que o filme é mais funcional embora com demasiados cliches.
A unicão faz um filme simpatico, facil de gostar, mas que penso que deveria ser muito melhor trabalhado na analogia da musica e da historia, esta parece muitas vezes forçada, pouco clara e exagerada no tempo que lhe é dedicado. Fica a ideia a determinada altura que o focus da personagem no Boss e demasiada e o filme cai totalmente no mesmo erro passando para segundo plano as ligações pessoais do personagem.
A historia fala de um jovem paquistanes que ao residir em Luton percebe as dificuldades de seguir o seu sonho de escritor em face do contexto familiar e social onde esta inserido. Motivado pelas letras e sonoridade de Springsteen o mesmo vai seguir o seu sonho contra todos as barreiras.
Em termos de argumento o filme tem alguns pontos principalmente contextuais bem trabalhado, mas no centro da historia, na personagem central e algo básico. Parece-nos também que as analogias entre aquilo que representa a letra das musicas e a historia contada deveria ser mais bem trabalhada.
Na realizaçao deste filme tivemos uma inglesa imigrante Gurinder Chada uma realizadora que se tem dedicado totalmente à adaptação de emigrantes paquistaneses e indianos a contextos ingleses, e que teve em joga como Beckham o seu maior desafio e que aqui tem uma realização simplista que nos momentos musicais poderia e deveria ter mais coragem e risco. Talvez isto explique alguns anos sem mediatismo.
No cast temos escolhas naturais de atores de descendencia indiana e paquistanesa a liderar um cast, os quais tem personagem simples e muito concretas. No lado mais concetual e de atores mais conhecidos alguns secundarios mas com pouco relevo.

O melhor - O lado social de uma pequena cidade como Luton

O pior - Fica a ideia que o proprio filme fica demasiado obcecado com o Boss e perde algum sentido de ligação

Avaliação - C

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