Nos últimos tempos o cinema no espaço tem ganho um espaço de culto muito próprio, muito por culpa de filmes que tem conseguido cativar a critica e o publico. Nesse sentido ocorreu bastante expetativa em torno deste novo filme de Gray com Pitt como interprete. Estreado em Veneza com criticas interessantes, este filme acabou por de imediato ser perfilado como um dos possiveis concorrentes aos oscares. Do ponto de vista comercial a primeira semana acabou por ser desoladora e este percurso comercial pode colocar em causa as ambições naturais do filme
Sobre o filme uma das coisas que usualmente os filmes no espaço conseguem ter é um conceito muito proprio, e este mais uma vez tem, na forma como a sua produçao nos consegue dar a imensidão, a solidão e mais que isso o silencio dos espaços. Este ponto produtivo acaba por ser o trunfo de um filme que em termos de historia e de atalhos acaba por ter algumas dificuldades.
E isso prende-se por ser um filme de personagem que se torna muitas vezes aborrecido, principalmente na sua primeira metade. Temos uma personagem assumidamente sem chama, e isso leva que o filme de adormeça como a propria personagem na vida. Na segunda parte temos mais impacto mas fica a ideia que o argumento nunca nos consegue na realidade surpreender e que tudo acaba por ir pelo caminho natural, conduzindo contudo a alguns atalhos extremamente exagerados no que diz respeito a logica das coisas.
Ou seja Ad Astra tem em termos produtivos ou mesmo na personagem central o conceito funcional para um diferenciador filme de espaço, mas depois o argumento é demasiado proximo de um filme de açao serie b, quase sempre pouco ou nada intenso. Fica a ideia que o filme exigia alguma explosão ou surpresa para o espetador em vez de seguir um plano demasiado delimitado.
A historia fala de um astronauta, que acaba por ser escolhido numa missão de tentar contactar com o seu progenitor, o qual se encontra desaparecido no espaço à 13 anos a procura de outras vidas, contudo a sua atividade pode ameaçar a sobrevivencia do nosso planeta.
Em termos de argumento a historia de base e demasiado simplista para um filme no espaço, e muito dependente de uma personagem depressiva o que acaba por adormecer no primeiro segmento o filme. No final temos mais impacto mas insuficiente para levar o filme para altos desempenhos na historia.
Na realização Gray e um realizador que tem trabalhado com excelentes atores mas a quem ainda falta um grande filme. Em termos de realizaçao este e de longe o seu melhor trabalho. Um filme bem realizador com conceito, que nos da as sensações corretas no sitio correto, pena e que o argumento não tenha tamanha competencia.
No cast o filme e pensado como um monologo de Pitt, que tem uma das interpretaçoes mais interessantes suas nos ultimos tempos. Uma personagem reservada e melancolica que Pitt interpreta de forma eficaz sem no entanto nos parecer suficiente para grandes premios. Nos secundarios so no final temos um lee Jones com a intensidade tipica que nos habituou.
O melhor - A realização
O pior - O argumento deveria ter mais impacto, e mais novidade
Avaliação - B-
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