Shakespeare ao longo do tempo tem sido inspiração para diversas roupagens dos seus livros mais conhecidos acabando por ja ter sido abordado de todas as formas e feitios. Este ano surgiu uma adaptaçao algo diferente de Hamlet desde o ponto de vista de Ophelia. Criticamente o filme foi recebido com alguma mediania que nao o tornou imponente para mais altos voos. Ja comercialmente estreado em cinemas limitados em pleno verao, os resultados foram pobres principalmente tendo em conta o elenco do filme.
Sobre a historia podemos dizer que criar quase de novo a base de uma personagem de Shakespeare e no minimo arriscado e o filme toma esse risco, alterando tambem o estilo narrativo do dramaturgo. A ideia e interessante e é realizada de forma simples e que acaba por nos dar um bom filme de epoca sobre intrigas e sede de poder, mesmo que os pontos mais conhecidos da obra acabem por ficar de fora.
Fica a ideia que por vezes o filme e demasiado bipolarizado entre bons e maus e algumas personagens nem sempre sao criadas com todo o rendimento que as mesmas podiam dar na densidade narrativa que o filme quer ter. Acaba por ser nos jogos de poder entre personagens entre o presente e passado que temos mais Shakespeare e onde o filme consegue ser mais competente.
Fica o valor de nao se limitar a adaptar uma obra e dar um foco diferente. Numa altura em que hollywood parece estar totalmente sem ideias necessitamos de abordagens diferentes a historias conhecidas e o filme tem o valor de tentar arriscar isso, mesmo que o filme esteja longe de ser uma obra prima
A historia da nos ofelia desde a sua infancia ate conhecer Hamlet ate ao momento em que todos entram no jogo de poder de Claudius com um passado escondido que coloca em causa os destinos do reino da dinamarca.
Em termos de argumento temos a originalidade da abordagem. na sua concretizaçao o filme e mais simplista e por vezes algo previsivel, mas fica na retina a forma como coordena o jogos do filme original para fazer sentido nesta roupagem.
Na realizaçao Claire Mccarthy e uma jovem realizadora que teve neste trabalho o seu ponto mais visivel ate ao momento. Nao e um filme de grandes riscos ou que tente ir para alem do convencional filme de epoca. Centra-se muito na personagem central e isso acaba por ser funcional nos propositos do filme.
No cast Riley tem aqui o seu papel maior depois do sucesso de Ray em Star Wars e funciona a atriz mesmo nao tendo um papel dramaticamente exigente demonstra carisma para segurar o filme. Nos secundarios temos um vilao monocordico de um Owen em baixo de forma e um Hamlet desempenhado por George Mackay longe de ter grande impacto.
O melhor - A novidade da abordagem
O pior - O filme deveria ter mais impacto no resultado final
Avaliação - C+
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