Estreado no festival de Sundance entre muitos outros filmes, este pequeno filmes sobre dramas familiares e momentos de reflexão conseguiu criticas aceitaveis mas insuficientes para o potenciar para alvos voos em termos criticos. Em termos comerciais a falta de figuras de primeira linha acabaram por condicionar e muito o trajeto comercial do filme que apenas estreou em pequenos cinemas com registos minimos, principalmente porque estreou um ano apos a montra de Sundance.
Sobre o filme, enredos familiares e de momentos de duvida na vida das pessoas tem que usualmente ter personagens fortes que sustentem momentos em que os filmes são obviamente mais lentos e baseados essencialmente em dialogos. Este e o problema do filme por um lado as personagens com raras excepções são demasiado comuns para potenciar um filme com outro valor, e mais que isso os dialogos muitas vezes são monologos sobre estados de espirito que torna tudo ainda bem mais lento para uma base que ja de si tinha pouco de intenso.
Por isso mesmo que seja um filme que rapidamente chega ao conflito e ao dilema principal depois nao o potencia numa obra de referência não faz que aquele conflito interno das personagens resulte num filme dinamico ou que realmente nos conte algo de diferente. O ponto mais positivo acaba por ser subtil na forma como nos da duas formas de ver o casamento e o compromisso nele assinalado.
Ou seja um filme lento sobre pessoas em situações comuns, um filme que se perde demasiado na auto analise das proprias personagens e que nao o deixa crescer para outros parametros. Um tipico filme independente de poucos recursos cujo argumento não o consegue potenciar para mais altos voos, pese embora muitas vezes filmar o comum comece a ser bem proximo da critica especializada.
A historia fala de duas familias que acabam por ver-se abalada com a chegada a cidade de uma jovem australiana que acaba por se aproximar dos elementos masculinos de ambos os contextos acabando por alterar as rotinas dos mesmos e abalar a sua segurança.
Em termos de historia temos algo comum, do dia a dia, mas que perde pelas personagens nem sempre terem força para sustentar a historia talvez por se centrarem mais nelas proprias do que na dinamica com os outros. Em filmes circulares as relações devem ser o foco.
Alex Ross Perry e um argumentista e realizador indie de renome, que ja tem uma estrutura de filmes que lhe premite ter o seu proprio espaço. Gosta de filmes simples e de nos dar o contexto. Aqui Brooklyn parece aquilo que mais salta a vista na realização de um autor previsivel.
No cast Browning repete muitas vezes este papel de elemento sedutor e que o faz bem pelo misto de sensualidade e inocencia, contudo parece-me demasiado repetida a sua carreira ate ao momento. No restante nao e um filme com grandes personagens e isso nao potencia grandes interpretaçoes.
O melhor - As duas formas de ver o casamento
O pior - O excesso de auto analise das personagens
Avaliação - C-
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