Sunday, November 13, 2016

Mr. Right

Anna Kendrick e Sam Rockwell são dois actores tipicos de comedia de medio baixo orçamento. A primeira mais relacionada com a comédia romântica, o segundo mais com a comedia negra em géneros quese tocam por vezes. Pese embora não seja o primeiro projeto comum, é o primeiro em que são protagonistas. Com um ano de atraso o filme estreou nos EUA com resultados muito moderados comercialmente principalmente tendo em conta a dupla de protagonistas. Criticamente a mediania com que o filme foi avaliado não permitiu que o mesmo acabasse por se potenciar mais comercialmente.
Sobre o filme, se existe género que nos últimos tempos ficou em desuso foi a comedia negra, sem preocupação de logica ou de dialogos muito inteligentes, por essa mesma falta de uso, podemos facilmente observar este filme e pensar, isto não tem qualquer tipo de sentido, e o certo é que o filme parece nunca querer mais do que despertar algumas gargalhadas ou alguma situações insólitas sendo o resultado bastante mediano. Ou seja, em termos de graça o filme nunca desperta verdadeiramente a gargalhada, mas o sorriso de uma filme de fácil visualização para hora e meia sem pensar, mas com a excepção de um ou dois momentos não nos recordamos particularmente de qualquer piada do filme, o que para uma comedia não podemos dizer que é propriamente interessante.
Por outro lado na linha narrativa, o filme é claramente um absurdo, mas que rapidamente se assume como tal, sublinhando mais a comedia do que um filme de acção ou qualquer outra coisa. E daqueles filmes que vimos rapido, que nos faz passar o tempo sem nos lamentarmos, mas que algum tempo depois nada nos recordamos do mesmo. Claro que me parece um despredicio de talento ter Rockwell e Roth desprediçarem tempo num filme tao indiferente como este, mas não podemos dizer que é um filme que nos transmita maus centimentos.
Claro é que mesmo no genero de comedia noir, já tivemos filmes muito mais originais, com muito mais graça e que mais que isso permitiam dialogos deliciosos, algo que o genero permite em grande escala, aqui temos claramente um filme de serie B, assumidamente comedia, cujo resultado pode ser analisado num simples encolher de ombros.
A historia fala de uma jovem adulta, que entra em depressao depois de ser trocada pelo namorado, ate que conhece um estranho individuo no supermercado que é nada mais nada menos do que um assassino profissional de elite, que está a ser procurado por diversas pessoas.
Em termos de argumento em todos os niveis o filme tem reais limitações, primeiramente pelo humor nunca ser de primeira linha, por outro lado por não potenciar dialogos que se recordem, e por fim porque o absurdo e sempre uma marca d'agua, embora neste genero isto até pode ser compreensivel.
No que diz respeito à realização Paco Cabezas tem uma trabalho simples, sem grandes riscos ou ambições para um realizador que aqui tem o seu filme mais visivel depois de algumas colaborações na televisão, se quer marcar uma linha ou ganhar tem que arriscar muito mais do que o fez neste filme.
No cast, já disse muitas vezes aqui, que é uma pena Sam Rockwell estar perdido em comédias de segunda linha, pois penso que é dos poucos actores que com carisma consegue ter capacidades na comédia e no drama, contudo poucos foram os filmes que exploraram as capacidades e uma naturalidade com que ele faz as coisas, e aqui temos outra vez só o lado comico. Já Kendrick com mais visibilidade, penso que é uma atriz limitada, que em termos de humor fisico muitas vezes exprimenta sem na minha opinião nunca resultar. Também me é dificil ver Roth num filme tão pouco ambicioso como este.

O melhor – A forma como o filme rapidamente assume que é declaradamente absurdo.

O pior – O filme tinha espaço para dialogos mais insólitos e marcantes.


Avaliação - C

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