Thursday, November 17, 2016

Don't Think Twice

Se existe um tipo de hollywood e normalmente o genero da comedia gosta de homenagear é o precurso até ao sucesso de um comediante. Neste filme temos a comedia de improviso sempre com a ambiçao do sucesso. Talvez por isso este filme mesmo sem figuras pelo menos no cinema de primeira linha tenha obtido excelentes avaliações, na forma como da imagem a muitos grupos de teatro em Nova Iorque e a forma como todos ambicionam o mesmo. E obvio que uma comedia, ainda para mais não declarada tem alguma dificuldades quando não tem nenhuma figura de montra mas mesmo assim para as ambições dos filmes os resultados foram sustentados.
Uma das coisas que eu gosto nos filmes é quando eles entram em mundos ou realidades das quais conhecemos pouco, como o teatro de comedia em Nova Iorque e as lutas e as formas, e nisso o filme e interessante na forma como descreve o grupo de teatro, com as suas rotinas, com o seu estilo e principalmente com as suas limitações, e nisso é um filme maduro, que nunca procura a gargalhada fácil embora seja uma comedia. Parece muitas vezes levar o tema a serio tornando-se num filme muitas vezes mais dramatico do que comico, o que não é facil pela forma como o filme facilmente poderia ir noutro sentido e acaba por ser nesta escolha que o filme em termos de resultado final funciona.
Claro que se vamos procurar uma comedia de gargalhada facil, ou se vamos a espera do estilo de humor de keegan-Michael Key saimos defraudados pelo filme, que tem um estilo muito mais pausado, muito mais vertido nos dialogos do que propriamente numa comedia mais fisica, embora por vezes a utilize principalmente em espetaculos, e nisso o filme consegue ao mesmo tempo ter força entre os personagens nas suas diferenças e no coletivo mas mais que isso na forma como demonstra bem a dificuldade da arte independente.
Pelo lado negativo o excesso de hipsterismo da personagem central de Sam, tudo bem que o filme queria escolher esta personagem como veiculo da mensagem, mas por essa forma e por querer carregar toda a dimensao pedagogica numa unica personagem tira bastante realismo a mesma na forma em que as suas escolhas são incompreensiveis e a falta de dialogo da mesma torna-a num figurante com destaque de protagonista.
A historia fala de um grupo de amigos protagonista de um grupo de teatro de improviso que tem como sonho chegar a televisao, todo o grupo acaba por entrar em conflito com alguns aspetos na vida de cada um que altera a dinamica de grupo, ao mesmo tempo que tem de lutar por sobreviver como grupo.
Em termos de argumento o filme tem opçoes muito inteligentes, desde logo o tom do filme em não optar pela comedia facil, e levar o seu objetivo a serio. Pena e que por vezes principalmente nos espetaculos as coisas não saiam tao engraçadas como dialogos menos ensaiados no filme. Em termos de personagem claras contradiçoes na personagem central, parece ser claramente um desiquilibrio no balanço entre as personagens.
Na realizaçao Mike Birbiglia tem uma trabalho simples, ele que tambem protagoniza o filme parece muitas vezes ter o filme como uma autobiografia pela forma como da as sequencias ao seu personagem e como por fezes enfoca o seu ponto de vista. De resto interessante o clima de proximidade que faz nas sequencias de espetaculo.
No cast pouca dimensão e por conseguinte pouco ou nenhum jogo de risco. Nos destaques mais positivos Chris Gethard parece ser aquele que melhor balança entre o humor e o lado mais dramatico quando o filme lhe pede, por outro lado Gillian Jacobs demonstra capacidade mas perde com a ambiguidade da personagem.

O melhor – O filme encontrar o tom certo numa comedia seria

O pior – As incongruencias da personagem Sam, pelo peso moral que lhe é dado


Avaliação - B-

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