Thursday, December 17, 2015

In the Heart of the Sea

Quando este filme de Ron Howard inicialmente esperado em Janeiro deste ano foi atrasado para Dezembro, muito se vaticinou sobre o valor do filme, e que este poderia ser um natural candidato na guerra pelas estatuetas, ou não fosse a obra de um realizador consagrado e já galardoado como ROn Howard. Contudo com as primeiras avaliações percebeu-se que seria um filme que chamaria a atenção mais pelo seu valor técnico do que propriamente pelo seu enredo, com avaliaçoes medianas insuficientes para fortalecer qualquer candidatura aos principais prémios. Mas tudo parece mais desastroso para o filme depois dos muito modestos resultados de bilheteira principalmente tendo em conta o potencial do filme.
Sobre o filme, nos ultimos anos temos assistido a diversos filmes que debruçam sobre a resistência, sobre a capacidade das pessoas sobreviverem em episodios únicos, mais que um filme sobre o combate entre o homem e a baleia, e uma historia sobre a luta dos homens e a sobrevivencia dos mesmos, com as mesmas caracteristicas de todos os outros mas com um detelha tecnico muito interessante.
Alias é na componente tecnica que resulta todos os trunfos do filme, bem realizado, a camara participa na acção dando toda a sensação de grandeza e desespero que o filme quer dar, transformando um espaço infinito numa terrivel claustrofobia, e nisso o filme é grande. Pena é que narrativamente seja complentamente frustrante, não tem grandes personagens, a forma como cria a personagem central como se de um heroi de banda desenhada se tratasse tira força ao filme, e o lado negro do vilão também não ajuda, tudo é demasiado gratuito e pouco trabalhado, intolerável num filme com esta dimensão.
No resultado final um filme totalmente agridoce, se tecnicamente é um filme que sabe bem ver, bem como o paralelismo entre os dois espaços temporais do filme, na essencia e um filme que narrativamente é previsivel e isso torna-o vazio, sentimos a falta de surpresa, sentimos a falta de bons dialogos e uma menor polarização comum dos filmes de acçao simples, e nao de um filme alegadamente de autor como este.
A historia fala de um navio de caça de baleias, que de repente em procura do sucesso vê-se na luta contra uma baleia branca que os segue, tornando a jornada que se previa de sucesso numa luta pela sobrevivencia que vai testar todos os limites da humanidade.
O argumento se na construção de base tem aspetos interessantes como a fração temporal do filme, na concretização nunca consegue potenciar boas personagens e bons dialogos, nem surpreender ou ter qualquer tipo de rasgo no desenvlvimento natural da historia. E quando assim é dificilmente temos um bom argumento.
Ron Howard e um bom realizador, mais certinho e eficar do que creativo, mas alguem que sabe sempre usar com alguma qualidade os meios a seu dispor, aqui tambem consegue a camara e um objecto da acçao, e tem optimos momentos de realizaçao, pena e que o argumento nao acompanhe esta virtude.
No cast temos desde logo o maior erro do filme querer um filme complexo ou uma personagem virtuosa com Hemsworth a liderar o cast parece-me obviamente demasiado ambicioso, primeiro porque o actor tem limitaçoes claras, que são bem visiveis no filme, onde parece nunca conseguir potenciar uma personagem limitada para outro patamar, o mesmo acontece com Benjamin Walker, o alegado vilão do filme que nunca consegue ajudar o seu colega de reparto pois também ele tem as mesmas dificuldades, sobra o jovem Tom Hollland em clara ascensção de forma e o verdadeiro heroi do filme, um jovem com carisma que parece ser ja um caso serio no nosso cinema.

O melhor - Efeitos especiais de primeira linha

O pior - Chris Hemsnworth não pode para já ser protagonista de qualquer filme com muitas ambiçoes


Avaliação - C+

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