Se existe filme de ficção científica que ficou preso às
nossas memorias ao longo do tempo foi este desafio total que nos apresentava
Sharon Stone como mulher fatal e uma luta inter planetas de primeira linha, dai
que muitos foram entusiastas de uma reinvenção mesmo com as duvidas lançadas
pelo seu realizador ligado normalmente a filmes de menor qualidade, mas que já
tinha tido uma experiencia positiva no seu Die Hard. Mas desta vez a
experiencia não foi tão bem acolhida muito pelo contrário em termos críticos o
filme foi um desastre, e em termos comerciais esteve longe de concretizar o
investimento em si revestido.
Mas o que se pode dizer deste desafio total, desde logo que
se trata de um filme com a mesma linha mas com um contexto e uma roupagem
completamente diferente, contudo esta tentativa de ser igual sendo diferente
tornou o filme completamente desligado de si, com uma maior preocupação em
tocar em pontos do primeiro, do que se unir e se tornar coeso narrativamente
como segundo filme o que o torna uma manta de retalhos sem interesse quase
sempre apenas interessado em sequencias de ação esteticamente interessantes mas
mesmo essas sem a intensidade emocional que deveriam ter.
O vazio do filme está também vincado nas próprias
personagens devido à pobreza contextual do filme não sabemos o que elas são o
que as une, o que querem e para onde querem ir, apenas conseguimos dividir
entre boas e más e isso e claramente pobre para o cinema de hoje em dia.
Ou seja estamos perante um filme vazio que entra com uma
ideia interessante do primeiro que pensamos que poderia ter bem mais pernas por
onde andar do que o próprio primeiro filme e torna-o num festival fraco de
sequencias de ação mais ou menos trabalhadas e um contexto narrativo para as
mesmas quase fora de linha, ou seja um filme fraco que nada trás aos fãs do
primeiro filme muito pelo contrário desilusão e algum desrespeito poderá ser
sensações bem presentes.
O filme fala de um trabalhador que interessado por fantasias
com memorias se desloca a uma empresa e observa nesse instante que não é quem
julga ser, aqui começa uma autentica luta entre partes com a sua personagem no
epicentro de uma guerra e acima de tudo entre duas mulheres.
O argumento segue a linhagem em termos de corpo do primeiro
filme, mas depois na parte de criar não o consegue fazer em nenhum ponto, ou
seja estamos perante um argumento mal construído desinteressante, com muitos buracos, que acaba por ser ainda
pior pelo facto de não trabalhar em momento algum as personagens e acima de
tudo colocar o filme desprovido de qualquer tipo de dialogo.
A realização de Wiseman é corajosa a forma como planeia os
dois locais diferentes do filme é interessante a forma como os liga também, mas
por outro lado ao exagerar no tamanho torna tudo demasiado confuso em termos
relativos nunca sabemos onde as peronagem se encontram e isso torna o filme em
termos de transmissão de imagens demasiado confuso.
Por fim o cast se existe filme que nada pede aos seus
actores nem tão pouco lhes pede carisma é este, observamos o talentoso Farrel
num dos papeis mais nulos da sua carreira destreza física qualquer um pode ter,
e até um actor primário poderia mostrar mais entusiasmo do que o protagonista
mostra. Biel apenas tem como função correr e dar beijos ao protagonista, um
boneco animado sem qualquer interesse, pensamos sempre que perde todas as cenas
para a sua antagonista Beckinsale, bem mais intensa, mais vistosa pela destreza
física e de ação com sensualidade mais que suficiente, mas que as suas falas
são quase ridículas. Ou seja num filme fraco o casto contribui ainda
significativamente para este afundamento.
O melhor – A introdução dos locais
O pior – Isso não ser
indiciatorio de outra creatividade inexistente ao longo de todo o filme.
Avaliação - D
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