Wednesday, November 28, 2012

The Odd Life of Timmoty Green


Para o inicio de Outono a Disney trouxe-nos um pequeno filme familiar sobre a ambição de ser pais, e acima de tudo com uma metáfora próxima da queda da folha. Assumimos que esta historia poderia ter com indicações uma mistura de ternura e algum non sense, mas a aposta foi grande já que sabemos não ser comum o estúdio conhecido pelos desenhos animados apostar em filmes de imagem real. Contudo os resultados estiveram longe dos pergaminhos da produtora, principalmente comercialmente onde os resultados medíocres desiludiram e mesmo criticamente as coisas não foram alem de uma indiferença de um filme que caiu rapidamente no esquecimento não conseguindo marcar posição no seu ano cinematográfico.
Este filme podemos dizer que tem um aspecto central que funciona a ternura da personagem central parece-nos a preocupação para não dizer a obsessão de todo o projecto reunindo nele tudo o que o filme quer transmitir de um ponto de vista mistico, mas aqui o filme funciona não só pela suave interpretação do protagonista mas também em termos de todos os pontos de ligação que são fornecidos à sua personagem.
Pese embora este ponto resulte, a tentativa de efectuar um pseudo big fish infantil no filme, peca por cair no exagero desmedido em termos de ficção o que faz com que o filme seja demasiado desligado da realização e exija um poder de imaginação acima da media o que muitas vezes mesmos os mais pequenos, também eles um publico direcionado do filme, podem não achar tão concreto principalmente por ser um filme com imagem real.
Outro problema do filme e que não tem elementos cómicos ou seja quase sempre o filme opta por um teor melodramático o que torna o filme em determinados pontos pesado, mesmo em alguns conflitos mais secundários do filme, parece sempre um filme com uma carga emocional escondida que não permite o filme de ser alegre e com ritmo o que poderia conduzir para um estilo diferente e mais valorizado pelos espectadores.
O filme fala de um casal que não consegue ter filhos e que idealiza aquilo que queriam ter, no dia seguinte surge em casa um rapaz cuja origem desconhecem capaz de propiciar todos os desejos que foram efectuados, em características bem próprias e únicas do menor, entre elas ter folhas nas pernas.
O argumento sobre forma de fabula parece-nos a nos funcionar muito mais como historia abstracta onde podemos contextualizar o mundo onde o filme se insere do que propriamente como guião de cinema, principalmente porque as personagens e os diálogos trazidos para um mundo real dão sempre a sensação de algum ridículo e exigem muito poder de abstração.
A realização parece-nos que criar um ambiente ou uma cidade estitcamente mais diferente e longe da realidade poderia dar o teor de conto infantil mais marcante, com esta opção o filme perde algum valor estético que poderia ter, mas acima de tudo não funciona como alicerce de arranque a um outro registo com a mesma historia que poderia ter um resultado mais valorizado.
Por fim o cast se no plano infantil o protagonista nos da ao filme tudo aquilo que necessita, principalmente em termos fisionómicos e de suavidade emocional, do lado dos adultos actores diferentes com capacidade de encaixe neste registo, se Garner consegue transmitir no olhar uma ternura emocional interessante que ajuda o filme a tornar-se emocionalmente mais forte, Ederton parece-nos mais talhado para filmes mais adultos onde o seu registo não seja o seu lado mais paterno, já que neste filme parece sempre desligado de todo o restante.

O melhor – uma fabula dos nossos dias.

O pior – Talvez não devesse ser na nossa realidade.

Avaliação - C

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