Monday, November 19, 2012

The Words

É conhecido que o sucesso de Bradley Cooper por si só tornam os seus filmes um acontecimento, e a provar isso observa-se que este The Words um filme pensado e escrito para uma plateia menor consiga uma expansão wide, mesmo que no seu elenco não tenhamos actores de primeira linha comercial e alguns mais relacionados com cinema de carreira. Talvez por isso e depois de alguma indiferença critica o filme tenha sido conduzido para resultados muito modestos comercialmente, talvez demonstrando que a grande distribuição do filme não tenha sido bem pensada.
Podemos dizer que The Words é um filme sobre uma historia simples dentro de uma historia complexa, e por esse facto não é um filme intuitivo, por um lado por tentar jogar algumas vezes com o escondido e por outro lado pela falta de ritmo alucinante, ou seja, para um filme de pouco mais de hora e meia, a acção desenrola-se a um ritmo devagar, que apenas consegue ganhar impulso nas partes mais proximas do fim, ja que o inicio é todo ele a um ritmo parado que faz o espectador adormecer.
Outro dos pontos menos positivos do filme e pensarmos que um segmento o protagonizado por Quaid e Wilde e totalmente insignificante para o filme, pode dar uma maior rebeldia ao filme, um truque narrativo, pelo menos esse e o objectivo, mas perde algum do estado puro e elementar do restante filme o que o faz perder sentido de todo, e demasiado diferente entre si, o que em alguns filmes funciona bem de forma original mas neste casa parece obvio que soa a estranho.
Como positivo a historia dentro da historia, simples com muita ternura e romantica, pese embora em alguns pontos demasiado recheada de cliches a sua forma simples e como homenageia a literatura e o mundo da escrita tem em si uma vertente poética, já a historia central entre Irons e Cooper aparece com uma dinamica moral interessante que se questiona e é transmitida quase em desespero, o que nos parece forte na labilidade emocional que traduz, pena é que se perca em narrações algum tempo.
O filme fala de um escritor que após descobrir uns rascunhos e perceber a qualidade literaria dos mesmos publica-os com o seu nome, contudo nessa mesma altura aparece o autor original e o sentido de falsidade começa a influenciar o dia a dia do jovem escritor
O argumento tem apontamentos interessantes o criar uma historia onde são as palavras escritas e faladas aquelas que mais protagonismo tem ultrapassando em larga escala aquilo que as personagens podem dar, ou mesmo os seus dialogos, e um filme simples que quer ser completo narrativamente e muitas vezes gosta-se do risco mas preferia-se mais simplicidade
A realizaçao e simples com imagens algo silenciosas, o filme tem momentos de boa realizaçao principalmente na historia mais longinqua temporalmente nos nossos dias e mais normal, mais novelesca, sem preocupaçao estetica.
O cast e liderado por um Cooper mais talhado para a comedia com dificuldades no terreno dramatico que aqui fica patente, o mesmo de Barnes que com um papel mais focalizado depois das apariçoes em Narnia, nos parece com demasiados tiques para uma personagem que se queria simples. Com simplicidade positiva aparece-nos Sandana e mesmo Irons num papel que noutro filme e tendo em conta o actor em causa poderia o encaminhar para mais alguma coisa.

O melhor - A literatura dentro do filme.

O pior - O segmente Quaid Wilde.

Avaliação - C

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