Poucos poderiam um dia pensar que pudesse existir uma
comedia romântica sobre a temática da sexualidade quase na terceira idosa,
contudo este ano surgiu aqui precisamente o contrario um filme sobre única e
exclusivamente essa temática e acima de tudo com dois dos actores mais
conceituados da historia recente do cinema como par, ou não fosse Lee Jones e a
tri oscarizada Streep. Pese embora o elenco e originalidade da historia os
resultados comerciais estiveram longe de outros títulos com o mesmo género mas
com uma população mais nova, e mesmo criticamente esteve algo longe daquilo que
já observamos em cada um dos actores na sua carreira.
O que podemos começar por dizer deste filme é que o mesmo é
bem intencionado, ou seja, pegar num assunto próprio original e bem real e
tentar fazer um filme suave, bem disposto que trata com ligeireza um problema
concreto de muitas relações. E se o objectivo é este o filme acaba por perder
por não conseguir concretizar-se de uma forma concreta por um lado porque em
termos de comedia ao não querer ser exagerado e polemico acaba por ser suave
demais, com um humor lento, que não consegue funcionar principalmente nos
espectadores mais jovens. Depois com a sua ligeireza não consegue ter a
dimensão e o alcance que o tema num aspecto mais dramático poderia ter.
Outro aspecto do filme é a sua baixa sensualidade, o que nos
parece ser um defeito mais do que a idade dos protagonistas na forma como os
torna cinzentos dentro de si próprio, antes da idade as personagens são
desinteressantes e isso não os permite funcionar nem em termos de critica mesmo
de algum sexy appeal que o filme necessitava principalmente no seu fim.
Ou seja estamos perante uma comedia ligeira, sobre um tema
imponente mas que e concretizado com demasiadas precauções ou riscos tornando-o
num filme frouxo quase sempre desinteressante e monótono que se desenrola a
passo de caracol.
A historia fala de um casal a entrar na terceira idade que
não consegue manter qualquer manifestação de contacto físico típico de uma
relação de amor, neste momento o elemento feminino tenta conseguir ajuda
especializada que leve ao relançar de um casamento.
O argumento tem toda a sua força na temática real e actual,
mas acaba por perder toda a força da forma pouco corajosa com que a linhagem
narrativa e criada de uma forma cinzenta sem ritmo sem emoção e sensualidade,
muito perdida pela forma como as personagens são criadas de base.
A realização e a típica em filmes de comedia romântica,
colorisa, com luz mas pouco ambiciosa em termos artísticos não arrisca, mas
também não nos parece que o facto de ser simples contamina em algum ponto o
porque do filme.
Por fim o cast juntar Lee Jones e Streep e dar todo o peso e
qualidade que o filme podia precisar mas desperdiça completamente o talento de
ambos com particular destaque o de Streep quase sempre em piloto automático já
Lee Jones ligeiramente mais convincente e trabalhado, funciona melhor
principalmente na sua rigidez, Já Carrel completamente desnecessário.
O melhor – Um tema pouco cinematográfico mas bem actual
O pior – A falta de graça natural do filme
Avaliação – C-
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