Thursday, November 22, 2007

Redacted




Este ano o cinema esta a ser marcado pela politica principalmente aquela que denuncia as sequencias da guerra do Iraque, quer no pos- mas acima de tudo na propria guerra, normalmente numa forma acusatoria, o filme que a partida seriam polemicos integrados no ano cinematografico aparecem cada vez mais como normais, no meio destes todos o polemico realizador Brian de Palma era aquele que ameaçava ir mais longe com uma especie de documentario sem estrelas sobre as atrocidades e o espirito nem sempre puritano dos soldados portugueses, a polemica estava mais que prometida, contudo os resultados foram algo dispares, se por um lado as facções mais revocucionarias aplaudiram o risco do filme, o certo e que por sua vez as vertentes mais conservadoras reprovaram completamente o filme bem como o publico em geral um pouco fartos deste tipo de filmes dai que o filme nao tenha adquirido quase qualquer tipo de peso nem visibilidade.

De Palma tem apenas um objectivo com este filme ser polemico, o que torna o filme algo sem sentido, pese embora refira estar a basear-se em historias reais o certo e que a forma declaradamente politica com que efectua o filme, mais parece que se trata daquelas campanhas politicas acusatorias pouco realistas e que normalmente ninguem se interessa porque e declaradamente criada. Este filme surge como uma bomba de polemica por si so, sem sentido, ou seja tudo bem que as atrocidades devem ser denunciadas, contudo ate que ponto aquilo aconteceu daquela forma basica com que e relatada parece cair no extremo da denuncia. E se o filme ate consegue se iniciar bem principalmente na denuncia dos point stops, e certo que por um lado o filme e demasiado descontextualizado, ou seja toda a violencia e tirada do contexto de guerra e apresentada como pronuncios de loucura de quem a efectua. Por outro lado noutros aspectos e na forma como tenta transmitir a vivencia louca de um grupo de soldados cai completamente no erro oposto, ou seja de contar uma historia particular e querer generalizar, o que tira por um lado grande parte do fundamente creativo ao filme, que nunca nos consegue dar uma linha interessante narrativa, e por outro lado com estas indefinições perde totalmente a capacidade de ser um bom folhetim politico pelo exagero declarado..

O filme resulta num bom exercicio creativo de forma mas falha totalmente nas suas dimensoes mais importantes como conteudo e acima de tudo desenvolvimento.

O filme peca desde logo pela falta de argumento a liberdade de um filme destes e a falta de guiao pode ser extremamente perigosa, por nao conseguir estabelecer limites de uma critica construtiva ou de uma reflexao politica, de uma critica por si so, acusatorio, e o filme acaba por cair facilmente neste segundo quadro e depois peca por nao ter orientaçao a forma com que De Palma tenta criar o filme e extremamente complexa para aquilo que posteriormente o filme se torna e perde controlo disso.

A realização de De Palma e conseguida, apesar de estar a vivenciar o pior periodo da sua longa carreira colecionando fracassos consecutivos, De Palma e um realizador experiente que sabe filmar como poucos, contudo ultimamente tem pecado na forma como aborda os filmes e acima de tudo nos pontos que escolhe para abordar. Neste filme parece uma tentativa de voltar ao seu grande nivel, primeiro porque deixa de lado as estrelas o que normalmente costuma funcionar para o lado das criticas e por outro lado tenta com o seu sentido estetico entrar no terreno politico, contudo este e perigoso e na forma de de Palma podia resultar em fiasco e que foi o que na minha opiniao aconteceu.

Quanto ao cast, recorrendo a amadores, pouco se poderia esperar do que amadorismo, a forma com que o filme e filmado nao ajuda, mas aquilo estao longe de ser actores.


O Melhor - A forma como os segmentos franceses sao realizados.


O Pior - O exagero e a falta da explicitaçao do contexto politico


Avaliação - D+

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