Tuesday, November 20, 2007

In The Valley of Elah




Se existe figura que se tornou proeminente nos ultimos anos no cinema norte americano foi Paul Haggis, numa fase inicial como argumentista, principalmente no desempenho em Million Dollar Baby, e logo a seguir como realizador no vencedor de Oscar Crash. Entre estes filmes uma serie de argumentos valorizados pela critica, que o tornou numa das personalidades mais poderosas da actualidade em Hollywood. Dai que a expectitaiva neste filme pos guerra fossem elevadas, e se numa primeira fase as criticas faziam prever um outro sucesso estrondoso para Haggis o certo e que com o lançamento do filme estas começaram a arrefecer e apesar de o filme ter sido na generalidade bem aceite pela critica o certo e que o entusiasmo nao e tanto que permita que um filme com a marca Haggis marque de novo lugar numa cerimonia da academia, ainda para mais quando os resultados de bilheteira são extremamente residuais.

Obviamente que Haggis e um escritor com um nivel de excelencia com capacidade de introduzir historias ricas, culturalmente e historicamente fortes e com grande dimensao cinematografica, contudo o alto nivel dos seus titulos anteriores faziam prever um filme de outra dimensao nesta incurssão pelo pos guerra do iraque, com a dimensão politica que ele sempre soube trabalhar. O mal do filme acaba por ser a sua pequenez, ou seja, o filme pouco mais sabe do que uma historia, com pontos proximos do policial mas que no final acaba mais por ser algo politico. Esta indefinição no filme acaba por custar uma valorização de outro nivel, ou seja o filme e forte, tem uma narrativa interessante mas acaba por se perder no emaranhado dos contextos e valores politicos que defende, e principalmente na forma como articula estes pontos com uma historia policial, onde em nenhum momento consegue estabelecer um ritmo forte que alimente em certa medida esta parte do filme.

O filme fala do pos guerra do iraque, do assassinato de um ex militar de forma surpreendente e da tentativa do seu pai, com a ajuda de uma policia local descobrir a verdade em torno deste subito desaparecimento. E é neste ponto que o filme rapidamente passa de um policial aborrecido, porque tem sempre os processos algo lenitificados, exagerando na profundidade sentimentalista que tenta dar, para um filme politico e acusatorio que funciona melhor e se encontra mais apropiado ao registo de qualidade que estamos mais habituados em Haggis.

É claro que os valores mais positivos de Haggis estao lá, a capacidade de filmas e incidir como poucos nos valores mais puros do ser humano, na capacidade de filmas o sofrimento e caracterizar de forma complexa as personagens e acima de tudo a capacidade de traduzir politicamente o pensamento mais elaborado de algum do seu espectador alvo, contudo estamos claramente em perda relativamente aos seus outros argumentos e principalmente relativamente ao seu anterior filme como realizador o premiado CRASH.

O argumento apesar de conter quase todos os pontos positivos de Haggis e tambem certo que quase inexplicavelmente o autor nunca consegue escolher a forma como quer defenir o seu filme e isso torna-o em determinados pontos extremamente incongruente e pouco coeso nos ritmos de narrativa que adopta, COntudo mais uma vez a dinamica politca do filme esta bem efectuada e a caracterização das personagens e marcada pela força ja caracteristica do argumentista.

Como realizador Haggis ainda é um principiante, apesar do seu filme de estreia ter vencido os oscares, impulsionado acima de tudo pelo argumento, ainda e obvio que Haggis limita-se ao academismo com pequenos rasgos pessoais, neste filme nota-se evolução mas ainda não e um mestre nesta arte.

Quanto ao cast em filmes com esta tonalidade dramatica a escolha dos protagonistas e extremamente importante, e este e talvez o aspecto mais forte do filme, Lee Jones esta em bom nivel apesar de nos parecer que existe uma valorização excessiva por parte da parte mais convencional da critica, Theron volta ao nivel elevado que demonstrara nos seus papeis mais dramaticos, mas o ponto mais forte do filme a nivel de interpretaçoes vai para Saradon que depois de um longo precurso no deserto com prestações em comedias menores resurge aqui com toda a potencialidade da actriz dramatica que é.


O melhor - A caracterização das personagens centrais nas suas componentes humanas.


O Pior - O policial torna-se demasiado rapido um filme de intervenção politica


Avaliação - B-

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