Thursday, November 08, 2007

Gone Baby Gone




O timing deste filme é algo absolutamente genial, numa altura em que os raptos e as crianças desaparecidas estavam na ordem do dia, é lançado um filme que se debruça perante esse assunto, com paralelismos interessantes com o ultimo caso mais mediatico desta problematica o de Maddie McCann. Isto tudo torna-se ainda mais assustador quando o filme ja esta produzido a um ano. O filme talvez com este impulso tornou-se um dos filmes sensação e mais badalado do ano, conjugando um sucesso razoavel a nivel comercial, com uma critica muito positiva que o coloca inclusive para ja na linha da frente para os galardões normalmente atribuidos por finais de cada ano.

Sem duvida nenhuma que estamos perante um dos melhores filmes do ano, senão o mais completo, este filme tem um valor actual muito forte debruçando-se sobre um tema onde não existe conclusões, lança os dados e tira os resultados como poucos apesar de nunca apresentar nenhum caminho como certo. A diferença entre familia biologica e afectiva, e um pouco os debates judiciais e morais, estao presentes ao longo de todo o filme, que nos faz pensar, mudar de ideia, reprovar, condenar e aceitar o assunto. Este ponto acaba mesmo por ser desgastante quando o espectador se depara com um assunto tao ambiguo que tudo acaba por ser minimamente reprovavel.

O filme faz estas transiçoes como ninguem, apesar da logica final ser talvez aquela que na pratica seja mais injusta, Alfect nao tem medo de mostrar que a sua decisao de conclusao do filme estava errada e acima de tudo que nada e perfeito quando nos debruçamos sobre um tema do dia a dia.

A historia fala-nos sobre um rapto e uma investigção paralela que conduz a algo bastante complexo, depois temos os debates morais das diferentes personagens centrando se acima de tudo naquela que mais paralelismos se encontra com o espectador, que e teleguiado por todo o guiao.

O filme mais que um objecto de diversao que consegue ser ao longo de todo filme, e um metodo de analise, um indotor de respostas sociais, de raciocinio e isso consegue como poucos-

De negativo muito pouco, talvez a determindados momentos nao necessita-se de se tornar tanto num filme de acção nem de conspirações que em determinados momentos se torna, mesmo que seja descontruido logoa a seguir. As armas tb nos parecem negativas no filme, ja que torna um filme incrivelmente universal algo circunscrito aquela realidade.

O argumento e perfeito alias, é o ponto mais forte do filme, e dinamico, forte coeso, moralmente forte, indutor de raciocinio social, as personagens sao complexas muito humanizadas, e uma historia verdadeiramente imponente, muito a semelhança do que tinha sido efectuado na outra obra deste autor.

A realização tem risco, apesar de nao ser muito conceituado, nem ser um realizador de eleição, Alfect no inicio da carreira neste parametro, acaba por receber os aspectos mais fortes dos realizadores com quem trabalhou, e conseguir criar um filme interessante nesta dimensao, arriscando nos planos e na concretização de uma toada negativista perfeita na envolvencia do filme.

O cast e algo submerso pela riqueza do guião, e apesar da complexidade das personagens, os actores tem a vida facilitada pela forma como o guiao e escrito, assim Alfeckt, ganha a asposta no seu irmao Casey, um dos actores em melhor forma neste ano, que domina por completo o filme e assuma para si o protagonismo do filme, algo que ate ao momento nunca tinha sucedido na sua ainda curta carreira, so perdendo as cenas para a melhor interpretação do filme a cargo de Ed Harris e com cheirinho a nomeaçao. A ver vamos.


O melhor - A actualidade do tema.


O Pior - Os tiros


Avaliação - B+

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