Sunday, November 11, 2007

30 Days of Night




E sempre de esperar quando vemos um realizador com alguma reputaçao pegar num genero cada vez mais naufagrado como o terror, ainda mais com uma especie de vampiros. O filme fez honras de blockbuster, com boa campanha promocional, e numa serie de actores conceituados nas suas fileiras, a expectativa era grande, poderiamos ter de novo um bom filme de terror. Apos as primeiras criticas vieram a desilusão e a angustia, primeiro porque o filme nao obteve grandes aplausos, com as mesmas criticas que qualquer filme de terror sem autor tem, e a nivel de bilheteira os resultados foram vulgares, longe das melhores expectativas, dai que tenhamos que esperar por um lado que Slade se dedique a filmes mais dramaticos, e que outros autores de renome tentem a sua sorte no terror.

O filme nao foge de vulgaridade dos filmes de terror, uma historia limitadissima, poucas vezes interessante, poucas explicaçoes muito sangue, enfim as limitaçoes a que estamos habituados. Fora isso talvez uma produçao mais rica, que arrisca mais na forma como digitalmente realiza as sequencias de acçao, mais apostas na interpretaçao com uma serie de actores melhor, o que transforma o normal filme mau de terror num filme mediocre com pontos a valorizar.

E nestes pontos a que sublinhar desde logo, a fotografia, o filme tem uma fotografia de primeiro nivel, nao tem medo de arriscar, de nos dar imagens arrebatadoras, o conceito tambem tem o seu que de interessante.

De negativo o argumento em si, personagens repetitivas, falta de explicações, pouco coeso, falta de informaçao, excesso de sangue utilizado o tipico jogo de camara, o filme acaba por ser demasiado igual aos filmes maus que saem a duzia por ano.

A historia engloba vampiros, numa pequena cidade perto do alaska, existe uma epoca do ano em que a noite ocupa 30 dias seguidos, eis que surge uma vaga de vampiros prontos a atacar quem ficou na cidade sem se preocupar com a vinda da luz do dia. Depois tudo muito igual ao que estamos farto de ver, com os tipicos cliches, relaçoes e conclusoes.

O ponto mais fraco e debil do filme e a coesao do argumento e se ate consegue partir de um pressuposto valido a forma como o concretiza e estremamente limitado, pouca arrojo, demasiada colagem ao que ja foi efectuado e uma resposta muito aquem do possivel.

A realização, Slade tem cunho de autor, arrisca na realização, gosta de surpreender, nao tem medo das sequencias mais dificieis, mesmo que por vezes neste filme nao tenha noção dos limites o que torna as suas cenas por vezes demasiado movimentadas e excitadas com as oscilaçoes de camera a serem mesmo excessivas.

Quanto ao cast apostar numa figura consolidada como Harnett poderia ser um bom trunfo de bilheteira, contudo a epoca talvez nao foi a melhor ja que actor tem colecionado consecutivamente fiascos, contudo é a dupla Houston Foster, que mais surpreende, e se Danny Houston, ja e habitual este tipo de registo, com uma prestação que acaba por ser o ponto mais carismatico do filme. Foster tem se assumindo nos ultimos tempos como o maior excentrico do cinema americano, ideal para perturbados que mais uma vez interpreta com brilhantismo, o casal mais comercial, esta ao seu nivel mais comum, ou seja demasiado mediano.


O melhor - Danny Houston


O pior - Nao trazer nada mais alem no genero.


Avaliação - C

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