Numa altura em que o cinema de produçao está claramente sem ideias, criando universos e sagas interminaveis, 2024 tem sido marcada por exploração de franchising de segunda linha entre os quais o chamado monsterverse que junta alguns dos monstros mais poderosos do cinema no mesmo universo. Aqui temos novamente uma saga com dois dos mais conhecidos os quais ja tinham sido combinados num filme anterior. Criticamente o filme ficou-se por uma mediania pouco apelativa, sendo que comercialmente ao contrário do que era esperado o filme resultou, sendo ate ao momento o segundo filme mais visto do ano.
Sobre o filme podemos dizer que uma da base do projeto e a riqueza dos efeitos especiais que o filme quer ter e acima de tudo a aposta total no CGI. Pois bem como amante de realismo posso dizer que as coisas ficam algo a desejar no plano tecnico ja que a sensação que estamos perante um filme de animaçoa existe muitas vezes e isso nem sempre e a melhor critica que se pode fazer a um live action. Este problema surge essencialmente em mundos paralelos que o filme cria de uma forma muito colorido mas muito pouco realista.
Em termos de argumento o trabalho tambem nao foi propriamente o mais trabalhado, fica a ideia que o filme nao quer dar muito, ou tornar a historia demasiado complexa para fazer render o peixe dos efeitos especiais de primeira linha e acima de tudo deixar os tecnicos do CGI trabalhar. Temos uns monstros novos a base do argumento anterior e alguma ação, com muito pouco de novo ou relevante para fazer o projeto ser mais do que realmente acaba por ser.
Assim temos um cinzento blockbuster de verao igual a muitos que tem sido lançados num ano bastante pobre no que diz respeito a este tipo de lançamentos. Fica a ideia que tudo que fosse a creatividade do argumento esgotou e que sobre apenas os efeitos e o CGI o que e muito pouco nos dias de hoje, para um cinema global, uma crise de identidade e de ideias em hollywood.
A historia segue o monsterverse com Kong e Godzilla a acordarem para defenderem a terra de mais um ataque num universo paralelo para o qual os humanos sao conduzidos, e onde grandes batalhas se potencializam.
O argumento e o parente mais pobre do filme, fica a ideia que o filme apenas quer criar um contexto para as batalhas e pouco mais. E um filme que na maior parte do tempo fica silencioso e deixa o computador trabalhar em longas batalhas e a preguiça e o atributo mais claro.
Na realizaçao do projeto Wingard que ja tinha estado no filme anterior repete o leme com um trabalho que nao e ideologico, mas sim concentrado nos efeitos especiais. Fica a ideia que o filme nao tem assinatura e que merecia mais criatividade na abordagem que nao tem.
No cast ficam alguns dos atores dos outros filmes, aqueles que tem tido mais dificuldade em encontrar outros projetos, sendo que este pouco ou nada da para alem da visibilidade do projeto. Fica a ideia que as personagens sao espetadores dentro do filme da luta de titas que o filme quer ser.
O melhor - As expressoes faciais de kong
O pior - O filme ser um deserto de ideias
Avaliação - D+
No comments:
Post a Comment