Julia Louise Dreyfus é a mãe das comédias de circunstância algo que pautaram a sua carreira quer na televisão, onde teve claramente mais sucesso, como no cinema, onde foi colecionando obras singulares, simplistas sobre o dia a dia das relações, e que normalmente são bem recebidas pela critica. Este ano surgiu este novo projeto da atriz, que novamente foi muito bem recebido pela critica, e presente nos novos premios de Midseason. COmercialmente o filme parece ter ficado acima das expetativas, já que se trata de um claro filme de minorias.
O filme fala de situações comuns do dia a dia e da intensidade que as mesmas podem ser levadas. O curioso do filme, é que mesmo não tendo uma intriga com elementos de impacto elevado aquilo é bastante real nas diferentes interações familiares e como casais. O filme tem a particularidade de ir buscar o conflito no suporte, e na forma como as personagens tentam ser apoios uma das outras, e isso é que torna a dinamica narrativa do filme bastante curiosa.
Claro que é um filme lento, que em termos de humor, nunca nos leva às gargalhadas, sendo sempre mais ligeiro do que propriamente divertido, muito na onda do que a atriz e co produtora foi lançando sempre que regressa ao cinema para nos dar alguns projetos com muitas aproximaçoes uns dos outros mas sempre com muito contacto com uma realidade diaria de muitas familiar.
Por isso este e um curioso filme, para ver descontraido numa tarde, o qual nos deixa curioso, e nos representa em alguns elementos e pensamentos, sem a noção que vamos ver uma obra de arte em termos visuais ou mesmo de argumento, parece claramente ser um filme mais curioso e eficaz do que fantastico.
A historia segue um casal completamente encaixado, que sofre um reves na relação quando a mulher ouve de forma acidental o marido a referir que não gosta do novo livro dela, quando sempre lhe transmitiu o contrário levando a uma crise de confiança, que abalará todos os contactos familiares à vonta do casal.
O argumento é inteligente mais do que brilhante. Espelhar o quotodiano e os espetadores verem-se representados facilmente no filme é uma habilidade, mesmo que a historia de base e as personagens sejam simples. Existe alguma tentativa de alguma rebeldia criativa em algumas personagens que não penso que tenha surtido o efeito comico desejado.
Na realizaçao Nicole Holofecener é uma experiente realizadora de TV que de tempos em tempos exprimenta filmes simples para o cinema, e que normalmente são acarinhados como já tinha acontecido com Enough Said, com a mesma atriz. Os filmes sao simples, familiares, mas essa é a aproximação que melhor funciona tendo em conta os temas do filme.
No cast Dreyfus encaixa perfeitamente na personagem, que vai de encontro ao seu estilo mais ligeiro, mais proximo do que sempre fez em cinema. Ao seu lado o protagonismo vai para Tobias Menzies um ator normalmente de segundo plano, normalmente mais formal e rigido nos papeis que encaixa bem neste simpatico pai de familia, que tenta ser a união de todos.
O melhor - O paralelismo com a realidade.
O pior - Fica a perceção que o filme tenta ser mais engraçado do que efetivamente é
Avaliação - B-
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