Monday, July 03, 2023

Extraction II

 A Netflix não tem sido muito pródiga em lançar projetos de franchising que junte o fenómeno comercial e critico, sendo que esta especie de James Bond futorista projetada pelos irmãos Russo, foi o que mais perto teve desse sucesso. Este violento filme, acabou por ter aqui a sua natural sequela que entra dentro dos mesmos parametros do primeiro filme, apostado no realismo e força das suas sequencias de açao. Criticamente o filme ficou pela mediania que ja tinha sido apanágio do primeiro filme, sendo que por sua vez comercialmente será sempre um dos projetos mais fortes por parte da aplicação.

Para quem viu o primeiro filme pode esperar mais do mesmo, em contextos diferentes mas novamente com aquilo a que estamos habituados, ou seja sequencias longas de troca de tiros e explosões bem realizadas que escondem o lado mais vazio de um argumento que basicamente é o heroi contra o vilão e os seus amigos, com poucas falas, ou nenhuma abordagem diferenciada.

Por este facto Extraction II sendo um filme bem produzido, declaradamente de grande estudio, acaba por ser simplista onde os filmes se destacam mais, que é na narrativa. Temos um agente especial com poderes sobre humanos no que diz respeito a forma com que se vê livre de vilões. O problema destes filmes é que temos assistido a muitos do mesmo género em que a maior parte acaba por ser bem mais funcional do que este, pelo menos no trabalho visual.

O filme aproveita como é obvio o valor como heroi de ação de Hemsworth, e os locais por onde passa. O filme é violento, gráfico, mas ficamos desde logo a perceber como tudo acaba, ou pelo menos como a ponte vai passar para o proximo filme, ou nao fosse talvez o franchsing de maior sucesso da Netflix.

A historia segue Tyler Rake num novo trabalho, depois de quase ter morrido no antecessor, no qual terá de tentar capturar um vilão da ex URSS, associado ao seu passado, que terá como objetivo vingar o facto do heroi lhe ter morto o irmão para soltar a familia deste.

No argumento tudo demasiado denunciado, desde a construção narrativa, passando pelas personagens totalmente unidimensionais, até ao facto de tudo acabar como começou. fica a ideia que pese embora seja o estilo da moda, em termos de argumento demonstra mais preguiça do que qualquer outro aspeto.

Na realizaçao do projeto Sam Hargrave e o afilhado dos irmãos Russo para esta franquia, onde tem realismo, sem que seja acompanhada por grande arte, e acima de tudo muitos momentos externos numa abordagem de grande estudio quase sempre mais tarefeira do que diferenciada.

No cast Hemsworth e um heroi de açao natural pela competencia fisica que fornece aos seus personagens mais do que pelos requisitos dramaticos. Neste projeto nao faz uso do lado comico que tambem tem, e domina o filme na primeira vertente ja que o filme nao pede mais nada.


O melhor - Algumas sequencias de açao.

O pior - Acaba por ser demasiado limitado em termos de guião


Avaliação - C



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