Num ano que está marcado por adaptações coorporativais eis que surge mais um filme sobre os avanços e recuos de uma das empresas de tecnologias mais marcantes dos últimos tempos. Falo da canadiana Blackberry que revolucionou o coorporativismo e a ligação aos Smartphones mas que se viu totalmente ultrapassada pela evolução dos seus competidores. Em termos críticos o filme acabou por ter bons resultados num contexto algo indie, contudo comercialmente na falta de figuras de primeira linha o resultado comercialmente ficou um pouco àquem, mesmo com toda a dimensão comercial da marca.
Sobre o filme podemos dizer que é lento, e nem sempre muito forte na perceção do desenvolvimento da marca. Fica com a ideia do impacto empresarial da narrativa, e do avanço, torna-se mais confuso e acima de tudo menos direto no recuo e na forma como a marca foi sendo ultrapassado. Fica também a ideia que o filme fica algo perdido entre glorificar os feitos ou sublinhar os defeitos.
Por tudo isto fica a ideia que Blackberry nem sempre é perfeito no tom que encontra para contar a sua história, principalmente algo confuso nos avanços e recuos da história. Existe momentos em que ficamos com a sensação que o filme quer tornar como heróis os seus criadores, outros em que fica a clara sensação que não o faz, ficando a ideia que fica sempre algo solto a ideia do que realmente a historia quer sublinhar.
Mais um drama entreprise da moda de 2023, longe do sucesso ou pelo menos do impacto da comunicação com o publico de outros filmes com tematicas proximas. A historia da Blackberry é surpreendente mas ao mesmo tempo difuso. Sente-se que o filme não consegue na maior parte do seu tempo ser ritmado, e que os "bonecos" dos personagens demasiado esteriotipados, mas isso não deixa de fazer vincar a história do filme como interessante.
A historia segue no desenvolvimento e explosão da Blackberry na forma de comunicar e principalmente na ligação dos telefones e da internet. O filme fala também no dominio e a queda posterior que acabou por acontecer no seu dominio.
O argumento do filme fala do histórico de conquistas e retrocessos da empresa Blackberry, na forma factual conhecida mas acaba por ser menos interessante no que diz respeito a personagens e conflitos entre as mesmas. Os dialogos parecem meramente contextuais para a historia mais abrangente que o filme quer contar.
Na realização do projeto Matt Johnson tem aqui um projeto semelhante numa carreira indie de meio da tabela. No que diz respeito a sua forma, tem muitos pontos próximos do que habitualmente os filmes mais independentes usam em biopic, com uma boa contextualização de imagem e espacial, mas fica perfeitamente percetivel que nao se trata de uma produçao de primeira linha.
No cast o filme fica orfão de atores de primeira linha Baruchel, tenta quebrar a imagem de figura de referência, quando na verdade parece sempre apenas alguem com cabelo estranho. Johnsson enquanto actor fica sempre mais focado na excentricidade da sua personagem do que em algo mais, e finalmente Howerton, que acaba por ter o melhor papel e o mais empatico do filme.
O melhor - A historia que o filme conta.
O pior - Nao escolha quase sempre a melhor forma de comunicar
Avaliação - C
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