The Survivor

 Com quase 70 anos de idade, Barry Levinson é um dos veteranos realizadores no ativo que coleciona uma coleção brilhante numa carreira longa com altos e baixos, que agora parece caminhar para o seu fim. Este ano surgiu mais um filme desta vez produzido com a ajuda da Hbo sobre um boxeus sobrevivente dos campos de concentração e a sua ode para encontrar a sua antiga amada. Este filme acabou por marcar o regresso do veterano realizador as boas criticas sendo que comercialmente uma estrategia nao congruente nos diferentes mercados acabou por nao conduzir a resultados de bilheteira interessantes, sendo que em alguns mercados o filme foi automaticamente para streaming.

Sobre o filme temos uma forma de contar historia tradicional, num filme que vai alternando a atualidade da personagem e a sua convicção de que chegando a um grande combate chamaria a atenção do seu grande amor, com a sobrevivencia que o mesmo teve de ter nos campos de concentração onde jogava diariamente a sua vida. O filme no lado do campo de concentração é cru e próximo de outros que tiveram a mesma tematica. Acabando por ser a parte onde o filme tem mais dimensão.

Pior acaba por ser o filme no lado atual, na forma como tem os seus objetivos bem definidos mas o filme parece ser menos detalhado e forte na forma como a personagem se vai reconstruindo e fica a ideia que o filme nesse ponto poderia ser mais interessante., O filme talvez pela veterania de Levinson baixa muitas vezes o ritmo e isso faz com que a historia acabe por ser algo monocordica.

Por tudo isto um filme medianissimo, que tem uma historia imponente que a abordagem do filme nao a torna melhor ou artistica. Fica a ideia que o filme poderia ser mais brilhante, mas se calhar fruto de algum tradicionalismo do realizador temos o filme simplista a contar uma historia de impacto.

A historia segue Harry Haft um quase desconhecido boxeur que tenta a todo custo conseguir uma lita com Rocky Marciano de forma a chamar a atenção do amor perdido na II guerra mundial e nos campos de concentração em que teve de sobreviver.

O argumento tem uma historia interessante, que merece ser contada, mas na abordagem do guião o filme nao torna a historia melhor com dialogos imponentes ou com personagens secundarias que a sustente. CUmpre sem brilhar.

Levinson esta na parte final da sua carreira e pouco mais consegue dar ao filme do que ao preto e branco das sequencias passadas. O ritmo muitas vezes diminui na sua concretização e isso pode estar associado a veterania de um realizador que teve nos anos 80 e 90 os seus melhores anos.

No cast destaque para uma excelente composição fisica e interpretativa de Foster. FIca a ideia que este e um dos atores que merecia outro destaque pela envolvencia e entrega que da a todas as personagens. Se calhar se o filme tivesse saido mais proximo da temporada de premios conseguiria alguma atenção assim, sera apenas mais um bom papel para o curriculo.

O melhor - A historia bem potenciada pela competencia de Foster

O pior - O ritmo lento

Avaliação - C+