Tuesday, June 14, 2022

Father Stu

 E comum alguns actores que passam por uma fase menos entusiasta arriscarem em filmes menos comuns na sua carreira. Aqui encontramos este drama de vida baseado em factos reais, com um Whalberg a procura de uma interpretaçao mais dramatica, mas o filme acabou por nao ter a visibilidade necessaria. Criticamente as coisas nao correram bem com avaliaçoes medianas com tendência negativa. Comercialmente o filme conseguiu uma distribuição wide, que resultou num resultado comercial tambem ele mediano.

Este e um filme que desde logo começa com um pessimo cartaz que da a ideia que vamos ver um filme comico mais proximo da comedia negra mas acabamos por ver um drama intenso de redençao e fé, tipico e domingo a tarde, que nos faz questionar as escolhas de quem distribuiu desta forma um filme claramente dramatico que tinha como maior propaganda o regresso de Whalberg ao drama e ao boxe que lhe deu alguns dos melhores papeis.

O filme no seu desenvolvimento e um filme de procedimentos basicos, com os passos naturais dos telefilmes de domingo a tarde. Um filme que nos leva as duas fases da vida, percebendo-se que o filme se sente mais confortavel na primeira fase, em que o filme e mais descontraído, mais centrado nas disrupções da personagem. Na segunda fase e quando o filme entra no lado mais de fé e de auto descoberta o filme e demasiado cliche e nunca consegue ir buscar elementos diferenciadores.

Ou seja um filme produzido por Whalberg na tentativa de dar uma interpretaação diferenciada, para chamar a atençao a si como ator dramatico, mas o filme nem sempre funciona na sua plenitude porque se sente claramente mais confortavel no estilo mais descontraido do que quando o filme entra no lado mais espiritual em que nos parece ter mais dificuldade e mais proximo do estilo catolico dos filmes de segundo nivel.

A historia segue um individuo que tenta encontrar, sem sucesso, rumo na sua vida, que vai para Hollywood onde acaba por amor se encaixar no contexto religioso que o leva a encontrar uma vocação para a sua vida, concretamente ser padre, no momento em que descobre uma doenaça incapacitante.

O argumento e demasiaso simplista. Pese embora seja uma história de vida relevante, o filme segue sempre um caminho demasiado obvio dos dialogos faceis e emotivos, que tira alguma densidade a forma como o filme e contado. O filme acaba por ser pequeno na abordagem que faz de uma boa historia.

Na realizaçao Rosalind Ross estreia-se com mediatismo, mas sem grande brilhantismo. O filme acaba por ser realizado com simplicidade tipica de telefilme. Nao e muito entusiasta este inicio, mas com meios. E um projeto pessoal, mas pouco mais.

No cast Whalberg chamou a si o protagonismo do filme, pensado muito para demonstrar a versatilidade do ator. Nem sempre funciona, como o filme tudo parece mais facil  no lado mais descontraido, na parte dramatica Whalberg nao esta na forma correta para brilhar e o filme e a personagem acaba por ser algo limitada. Ao seu lado um GIbson mais mediatico e pouco mais.


O melhor - A historia de redençao

O pior - O filme acaba por ser limitado nos elementos que o tornem mais complexo.


Avaliação - C



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