Desde o momento que este projeto foi anunciado, marcando a estreia de Fran Kranz na realização e no argumento que o alerta de premios esteve bem patente, pese embora fosse um filme pequeno, sempre situado numa unica sala, sem um cast de primeira linha pelo menos do ponto de vista comercial. Depois das primeiras visualizações cedo se percebeu que este Mass seria um dos filmes independentes do ano, colecionando nomeaçoes e premios principalmente no territorio independente, fruto de criticas de primeira linha. Comercialmente e claramente um filme com poucos atributos dai que os quase inexistentes resultados comerciais sejam esperados.
Sobre o filme, a ideia do filme pode parecer bem linear, mas acaba por permitir que apenas num dialogo a quatro tenhamos mais intensidade dramarica do que a maioria dos filmes. O grande atributo do filme e a montanha russa de emoçoes de cada personagem que leva consigo na viagem os outros personagens, numa viagem quase claustrofobica a parentalidade, à perca e a atenção, num filme que parece simples mas acaba por ser dos mais impactantes do ano.
Para este filme funcionar existia um ponto que o filme exigia e que penso que corre muito bem, era a capacidade dos seus interpretes conduzirem o filme para os seus proprios ritmos. O filme nao quer ser sempre intenso, de desespero, o filme que baixar o ritmo para preparar a seguinte explosao e nisso o filme e gerido com mestria nao so em termos de argumento, o ponto essencial do filme, mas tambem na forma como a camara se vai afastando dos seus personagens.
Por tudo isto Mass e não só um dos objetos mais diferenciados do ano, quer pela ideia que parece simples e incapaz de dar um filme ritmado ao longo de duas horas, mas acima de tudo na forma como o filme não só ultrapassa esta dificuldade como consegue criar impacto significativo nos momentos que quer criar, ficando sempre na retina o ultimo desabafo da personagem de Ann Down como talvez o momento mais intenso do ano.
A historia segue dois casais, uns pais de um autor de um atentado numa escola, e outros pais de uma das vitimas que apos diversos conflitos e luto encontram-se numa igreja para tentarem conversar sobre o ocorrido, com muita dor e acima de tudo faturas a serem passadas.
E no argumento que reside quase toda a força do filme. A forma como as palavras de cada uma das personagens denunciam os seus sentimentos e a sua dor, como se duma autopsia a cada uma delas fosse, e uma forma imperial que Kranz tem de comunicar a sua historia num formato dificil mas que torna as palavras a sua maior arma.
Nao e na realizaçao que o filme vai buscar mais louros, e uma realizaçao simplista com muito de independente que da o palco aos personagens dando apenas mais espaço e distancia as mesmas para respirar. Nao e claramente o segmento em que Kranz sai mais fortalecido pese embora no final tenhamos um filme de primeira linha.
Tambem no cast o filme tem quatro atores nem sempre proximos do grande publico mas que dao a intesnidade necessaria ao filme. As maiores despesas vao para os dois mais conhecidos, sendo que na primeira fase e Isaacs que tem mais impacto, com uma realizaçao de intensidade maxima, talvez a melhor da sua carreira, mas e o final de DOwn que fica na retina e que provavelment podera lhe valer uma nomeaçao
O melhor - O impacto das palavras
O pior - Pode parecer um filme monotono
Avaliação - B
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