Saturday, January 08, 2022

C'mon C'mon

 Este pequeno filme a preto e branco com um Joaquin Pheonix cada vez mais proximo da critica teve tudo o que a critica gosta num filme. Uma abordagem intimista no crescimento de uma relação entre um particular menor e um tio, num filme a preto e branco com muitos testemunhos, foi um dos filmes que mais convenceu os criticos este ano embora as suas particularidades o possam afastar dos grandes premios. Agora do ponto de vista comercial o filme tinha poucas ambições neste nivel o que pode explicar os resultados curtos.

Sobre o filme podemos dizer que nem sempre é um filme simples. Sendo indiscutivel o valor da forma como o crescimento e as emoçoes das personagens sao traduzidas certo e que o filme acaba por ser algo repetitivo nos seus processos e isso torna o seu ritmo algo lento e sonolento, o que de alguma forma parece, na minha avaliaçao tirar alguma intensidade nao so a narrativa central bem como por vezes aos proprios testemunhos que o filme quer dar.

E um filme obviamente pensado para a critica em todos os seus niveis, e daqueles filmes em que cada uma das tres personagens tem o seu espaço bem definido, mas a união central acaba por ser a unica que o filme vai elimentando, com alguns flashbacks que introduzem alguns pontos mas que acabam por ser unsuficientes para impulsionar o filme para outros voos.

Por tudo isto e mais que um grande filme e uma boa historia, bem realizada e bem interpretada mas cuja as partes parecem sempre ter melhor resultado do que o filme em si. Fica a ideia que a critica nos utlimos anos tem estado proxima de objetos como este, algo adormecidos, mas penso que o cinema exige mais ritmo

A historia fala de um tio que emabarca numa viagem com o seu particular sobrinho com quem quase nao tem ligação, com as inquietudes associadas as dificuldades de ligação e de cuidado, de uma criança particular.

Em termos de argumento a historia é boa, emocionalmente o filme tem impacto, mas fica a ideia que narrativa se vai adormecendo a si propria, e nem sempre e o palco correto para personagens que fica a ideia que poderiam valer muito mais.

Mike Mills tem aqui um regresso aguardado que a critica gostou e que em termos de realização tem imagens muito bonitas de ligaçao entre as personagens num clima intimista do preto e branco. Denota-se autoria de um filme que tem na realizaçao o ponto mais impactante. Necessita de mais filmes para fazer vincar o seu estatuto.

Do ponto de vista de cast Phoenix esta em boa forma apesar da personagem nem sempre pedir muitos esforços ou atributos ao ator, que acaba por a sua simplicidade preencher os objetivos do filme. Existe um maior destaque para o jovem Woody Norman que acaba por brilhar mais ja que ninguem o conhecia.


o melhor - A realizaçao

O pior - O filme adormecer a si proprio em alguns momentos


Avaliação - C+



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