Thursday, January 16, 2020

Terminator: Dark Fate

Quando uma saga de sucesso inicial falha em determinada altura do seu percurso existe sempre uma tentativa de voltar ao sucesso antigo o que no caso da saga Terminator tem sido muito difícil depois de diversas abordagens. Com Tim Miller ao leme e com o regresso de Cameron à produção esperou-se que o sucesso fosse retornado, mas logo nas primeiras avaliações percebeu-se que tal não iria acontecer em face da indiferença da receção. Mas mais que tudo o problema foi comercial com resultados muito longe do sucesso.
Sobre o filme podemos dizer que uma ideia que funcionou pela inovação tecnológica e não so em 1991 não era fácil de ter seguimento este ano mesmo que esta tenha sido a sequela oficial do dia do julgamento. Este e um filme sem sabor que basicamente leva ao extremo um jogo do gato e do rato, sem qualquer trabalho de personagens, sem sentido de humor, e mais que isso sem nada de novo na saga.
Fica a ideia que a determinada altura, talvez muito tarde com a aparição de Arnold o filme ia ganhar um estilo diferente mas esse ar fresco e de curta duração sendo que o filme rapidamente regressa as sequencias de ação intermináveis de forma a levar ao extremo a durabilidade e a capacidade de sobrevivência do extreminador que se torna vazio e mais que tudo aborrecido.
Numa saga que já não estava em boa forma à muito tempo, este acaba por ser dos menos felizes, porque é totalmente desprovido de ideias ou de inovação. A idade e o regresso de Hamilton poderia dar ao filme alguma historia e alguma ligação ao passado mas o filme limita-se ao gasto de efeitos nunca de uma forma competente do ponto de vista narrativo.
A historia segue os eventos do dia do julgamento anos depois novamente dois seres do futuro aparecem com uma missão de proteger/matar uma mulher na cidade do mexico, sendo que toda esta aventura vai levar ao contacto com sarah Connor e o terminator original.
E no argumento que reside todas as dificuldades do filme, a base do filme e copiada do género não trazendo nada de novo, por outro lado os contactos com o passado não existem e tudo que o filme tem é cinzento nunca conseguindo imperar no filme qualquer comicidade.
Na realização Tim Miller teve o seu maior sucesso no primeiro Deadpool, aqui percebe-se que sabe usar efeitos e pouco mais, para um conceito de tanta longevidade como Terminator, exigia-se acima de tudo mais autor.
No cast para alem de um Schwarznegger cansado e uma Hamilton afastada dos ecrãs, sobra Davis que tem o seu lado uma personagem completamente básica e que não lhe permite ir para alem dos dotes de heroína de acao

O melhor - Alguns laivos de humor com a entrada de Arnold

O pior - Sobrar muito pouco de relevante num filme com mais de duas horas

Avaliação . C-

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