Thursday, June 21, 2018

Beirut

Sempre que existe um ecluidir de situações de terrorismo é comum hollywood apostar em historias passadas relativamente com esta tematica não só apenas em relatos historicos mas também em termos de ficção tendo como pano de fundo esses pontos. Este Beirut escrito por Tony Gilroy trata-se de um caso que encaixa no segundo plano. Em termos criticos o filme foi bem recebido com avaliações essencialmente positivas, algo que nem sempre é comum para uma produçao para cinema da Netflix. Por sua vez em termos comerciais os resultados foram mais modestos fazendo pensar que a falta de uma figura de primeira linha a liderar o filme acabou por conduzir a este resultado.
Beirut e um bom filme de terrorismo e de espionagem politica entre grupos, centrado no conflito Israel - Palestina o filme acaba por nos dar um pouco de todos os intervenientes e as posiçoes de cada um num dado momento temporal, e a forma como isso influenciou o desenvolvimento ou a falta dele na Capital do Libano. Nisto o filme acaba por ser interessante na forma como aborda as diferentes prespetivas. E menos habil na sua intriga propria, por momentos o filme abandona este apontamento para ter uma intriga de personagens e aqui parece que tudo é demasiado familiar para algo tão grande e nem sempre parece encaixar uma coisa com outra.
Agora parece-me claro que o filme na construção contextual do medio oriente funciona bem, nas dictomias passado presente em termos da linhagem historica do filme, numa abordagem com ritmo com intensidade que perde demasiado por deixar uma questão tão grande ao cuidado de algumas personagens todas elas com ligação entre si como se tudo tivesse acontecido numa vila com menos de mil pessoas. Ai o filme é algo descuidado no realismo que quer dar a historia.
Mesmo assim um razoavel filme de ação e suspense, que é objetivo quando tem de ser, não tenta ir na reflexao politica do que conta mas apenas que a mesma forneça um contexto e a base para uma historia propria, isso tira-lhe alguma dimensao e alcance mas da-lhe objetividade e ritmo num filme mais de publico do que de critica.
A historia fala de um individuo que passou muito tempo em Beirut onde viu a sua familia ser assassinada que é recrutado pelos serviços internacionais para mediar uma negociação tendo em vista a libertação de um diplomata americano do controlo de um grupo terrorista palestiniano.
Em termos de argumento o filme é hábil e principalmente tem noção que não quer ser o grande filmes sobre a materia mas sim um filme de ação sobre a mesma. Em termos de personagens e dialogos pode ser algo muito objetivo, mas funciona nas intrigas e a forma como as mesmas posicionam cada poder num local muito proprio.
Brad Anderson e um realizador de uma segunda linha de hollywood que tenta chegar a primeira mas sempre sem grande sucesso, acabando por diversas vezes ter que ir ate à televisão. Este filme e complicado e principalmente exigente na reconstrução de Beirut passado e destruido. O filme é consistente mesmo que adote uma forma tradicionalista de abordar o filme. Anderson teve a ajuda de um Gilroy mais conhecido, mas parece-me que pese embora existam melhorias ainda ficara no segundo plano por mais algum tempo.
No cast a escolha de Hamm e intelentissima, pese embora ainda não seja uma figura de primeira linha de hollywood, ou seja um actor que venda por si só, e alguem com intensidade e carisma para filmes principalmente de açao e aqui lidera-o com essas caracteristicas. Ao seu lado parece faltar alguém que consiga ter este mesmo poder para dar mais corpo mediatico ao filme.

O melhor - O contexto politico que o filme nos dá.

O pior - A intriga ser demasiado familiar

Avaliação - B-

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