
Sobre o filme eu
confesso que tinha muito boas expetativas relativamente ao filme, não
so porque tinha um elenco de primeiro nivel, e por fui um fa em todos
os niveis de Snowpiecer. Pois bem desde cedo percebi que iriamos ter
um filme com um bom valor em termos esteticos com alguns apontamentos
a fazer lembrar Wes Andersson, mas que o filme em termos de historia
pouco mais tinha do que uma propaganda simples a proteçao dos
animais como comida, não tendo grandes personagens, nem dialogos e
nem desenvolvimento narrativo.
E nessa extrema
simplicidade de meios e de um filme totalmente previsivel no corpo
apenas com um ou outro apontamento diferenciados em termos de forma,
parece claramente que para um filme que teve em Cannes sabe a pouco.
Mesmo que emocionalmente a ternura da relação acabe por ser
simpatica, algo que o filme percebe como a sua mais valia e acaba por
ter dezenas de sequencias sem grande conteudo de interação simples
entre a menor e o animal, o filme na essencia tem muito pouco mais
que isso, a não ser uma critica que já e conhecida de tudo e de
todos.
Por isso uma desilusao
de um filme que a determinada altura quer ser desconcertante a todo o
custo, parece muitas vezes que o filme não necessitava de tanto
desalinho e necessitava de mais razao, mais originalidade no
argumento de base, não na roupagem e caracterizaçao do filme. Temos
um filme de autor mas não me parece que temos uma obra de autor.
A historia fala de um
concurso de dez anos no sentido de tentar encontrar o super porco.
Dez anos depois o vencedor e um gigantesco animal, mas que acabou por
criar uma relação proxima com uma menor, que vai fazer tudo para
impedir que o animal acabe no destino que sempre foi o seu, ou seja,
tranformar-se em comida.
Em termos de argumento
e sabido a ligação entre o vegan e a arte, e aqui temos isso, uma
propaganda com uma roupagem mais arrojada à ingestão de carne como
alimento. Fora essa filosofia o filme não tem muito mais, em termos
de personagem e muito limitado, assim como argumento e mesmo na
linhagem narrativa, e um filme que cuida mais neste parametro nos
promenores do que no essencial.
Na realizaçao Jon Hoo
Bong surpreendeu-me pela positiva no seu filme anterior, e o cinema
sul coreano e muito visual, aqui temos isso, estetica, e nesse
particular parece-me que e o unico elemento de filme de topo, de um
realizador que arrisca, mas aqui a essencia não era muito forte.
No casto, um naipe de
actores de primeira linha, com personagens pouco trabalhadas ou com
pouca dimensao.Do lado positivo sempre a competente Tilda Swinton que
nasceu para personagens diversificadas e iconicas. Do lado negativo
Gyllenhall numa construçao demasiado histerica e demasiado
barulhenta o que nem sempre me parece ser um papel para um actor da
sua dimensao.
O melhor – A dimensao
estetica do filme
O pior – A dimensao
narrativa
Avaliação - C
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