Tuesday, September 04, 2012

Moonrise Kingdom

Ja ha muito tempo que os adeptos mais atentos do cinema tinham sublinhado o autor Wes Anderson e o seu humor ou mesmo forma de contar historias como algo a seguir. De filme para filme foi aperfeiçoando o estilo quer seja com personagens reais ou mesmo com cinema de animação. Para este ano e depois do sucesso do ser Mr Fox, surgiu um filme curioso no universo do escutismo que conquistou alguma critica em Cannes e foi bem reconhecido criticamente nos EUA, e conhecido contudo alguma dificuldade dos filmes de Anderson imperar na bilheteira nao so pelo seu conteudo proprio mas acima de tudo por nem sempre ter a distribuiçao necessaria.
Confesso nao ser um entusiasta do realizador nem tao pouco do proprio como argumentista contudo tivesse observado sempre mais qualidades na segunda vertente, talvez por isso este filme me tenha surpreendido pela positiva, principalmente no primeiro aspecto sem contudo descuidar o sempre importante argumento que sustenta o flme. As sensaçoes do filme sao optimas nao so pela simplicidade emotiva da historia de base ao que nao foge algum non sense sempre comum no estilo, que é casa vez mais proprio e mais artistico ao qual junta uma realizaçao estetica impressionante num filme que nao precisava de uma grande historia para deslumbrar esteticamente contudo e tudo melhor quando tudo corre bem e neste filme podemos dizer que isso acontece.
Os segredos do filme estao patentes desde logo pela riqueza moral da historia que e trazida com força de dialogos inteligentes nao so em termos metaforicos mas mesmo na simplicidade dos mesmos, que estão sustentados em pormenores tecnicos de contextualizaçao do filme impressionantes, ou seja nao temos apenas um filme coeso, competente, original, como temos uma figura de estilo proprio mais que um flme estamos numa obra de arte em muitos vectores.
O unico senão do filme podera ser em algum absurdo das personagens que podera retirar o filme da sua simplicidade, e mesmo o facto de nem sempre ser logico ao mais comum bem pensado estamos perante um filme simples quase infantil, um conto de fadas contado de uma forma particular.
A historia fala do amor impossivel de dois pre adolescentes que combinam encontrar-se e fugir das complicadas vidas onde tem, e de onde parece existir muita gente que nao os quer deixar sair, e a tentativa de duas crianças encontrarem o seu sonho mesmo que o mesmo seja impossivel.
O argumento e riquissimo em quase todos os planos, em termos de historia de base, simples mas emotiva e moralmente forte, na abordagem que faz da mesma propria, original, e acima de tudo no crescimento dos dialogos que disfarça a pouca coerencia das personagens o parente mais pobre de um guiao de primeiro nivel.
Contudo foi na realizaçao do filme que fiquei deslumbrado pela arte estetica, abordagem creativa que pauta todo o filme simples mas pensado ao limite de um realizador que me parece neste filme fazer um filme para lembrar neste parametro, ainda tudo nao começou e parece-me dificil alguem bater neste parametro uma realizaçao tam diferente original e artistica.
Pois o cast tem altos e baixos se Norton volta ao seu melhor nivel num papel algo diferente do habitual mas que encaixa e permite uma sua toada melhor, mais suave mas mais apelativa, Willis, Murray e Mcdorman nao sao postos a prova porque o filme deixa os actores serem os mais novos, aqui claro maior brilho para o lado feminino ja que o protagonista masculino apenas ganha pelo aspecto fisico esquizoide importante em alguns momentos.

O melhor - A capacidade de arriscar num filme simples, diferente original disfarçado do contrario.

O pior - As personagens podiam ser ligeiramente mais densas

Avaliação - A-

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