Sunday, January 14, 2007


The Holiday - O Amor nao tira Férias



Nancy Meyers, é uma das maiores responsaveis pelas comedias de maior sucesso dos ultimos anos, primeiro porque costuma reunir um aspecto humoristico suave, com historias que tocam de perto o telespectador, conseguindo resultados brilhantes. Contudo com Holiday, as coisas nao correram tão bem, primeiro porque a bilheteira nao foi tão brilhante como os antecessores, mesmo contando com um elenco recheado de estrelas, e depois porque a critica também se alheou de forma total de um filme, que nos parece com muito pouco prazo de validade so podendo ser visualisado em espaço de ferias de Natal.

E este e o ponto em que o filme mais perde, o facto de nao ter muito mais ambiçoes do que ser uma comedia romantica de natal, daquelas que se vê, avalia e esquece, com pouca profundidade narrativa e baseada em simples historias de amor tradicionais sem grandes contrabalanços.

O filme conta a vida de duas mulheres desesperadas pelo seu desencontro com o amor, que decidem trocar a casa durante o periodo de ferias, e depois o normal, encontram novo amor, têm duvidas e acabam todos felizes, enfim nada de novo, num filme que falha nesse aspecto na incapacidade de surpreender um espectador ja famialirizado com tudo que o filme lhe dá.

É certo que Meyes e das realizadores aquela que melhor se sabe movimentar neste terreno o que dá por vezes um caracter extremamente apaixonado a um filme nem sempre emotivo.

O argumento do filme apesar de extremamente simplista na sua substancia, parece-nos algo mal contruido, oferecendo segmentos muito longos as duas historias o que faz com que rapidamente haja um desligar do espectador da outra historia e que depois dificulta a ligação quando se renicia. Para alem disso parece-me que o filme se perde em promenores extremamente contextuais, dando primazia ao casal Law - Diaz, esquecendo por completo Winslet - Black acabando por a historia destes ser extremamente simplista e concluida sem qualquer tipo de convicção.

A realização é como Meyers ja nos Habitou extremamente tradicional, com grandes planos visuais das expressoes faciais, de forma a tentar nos transmitir sentimentos vivenciados.

O elenco extremamente recheado de protagonistas de primeira linha parece-nos mais talhado para a dupla Diaz-Law, ja que nos parece que quer Black quer Winslet estão extremamente descontextualizados do filme, um porque o filme nao lhe permite o espalhafacto habitual, e outro porque entra num histerismo primario pouco habitual em si. Mesmo assim de registar que o filme pouco ou nada requere dos seus protagonistas, subilhando ainda a presença residual de secundarios de luxo como Burns, Sewell e Hoffman, em quase cameos, que são frequentes na filmiografia de Meyers.

Enfim um filme para casaisinhos apaixonados, mas que é uma descida clara na carreira da realizadora.


O melhor - A toada suave do filme, que permite funcionalidade entreteiner...


O pior - A falta de cunhos de autor que ja se exigem a Meyes, nao se pode dar ao luxo de mostrar uma historia tao insignificante como esta.


Avaliação - C+

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