Thursday, June 06, 2024

Civil War

 Alex Garland e um dos argumentistas realizadores do cinema atual que melhor consegue espelhar o caos que uma sociedade de pode tornar, ficando sempre a impressão que é um ator pouco acarinhado nos seus projetos, apesar da sua dimensão concetual. Este ano surgiu mais uma obra sobre isso, desta vez sobre o jornalismo de guerra numa cenario hipotetico. Este seu novo filme conquistou a critica algo que tem sido habtiual no realizador, sendo que comercialmente, num territorio onde normalmente tem mais dificuldades novamente as coisas resultaram com resultados de impacto significativo.

Sobre o filme podemos dizer que Garland nao quis historia nem muitos porquês, ele dá o conflito extremado num pais como os EUA fracionado por ideologia e depois basicamente embarcamos nos perigos de uma road trip em jornalistas de guerra e na ligação entre eles. O filme ganha pela dureza de todos os conceitos de guerra que utiliza mas mais que isso na satira ainda que incapotada da obra maior que a pessoa que tao bem ele trás na cena final.

Poucos ou mesmo nenhum consegue criar tao bem um caos hipotetico como Garland e incrivel a forma como torna locais conhecidos totalmente desgastados pela guerra, ou na forma como desprove por completo as personagens de qualquer humanismo, numa serie de sequencias que da ao grupo de protagonistas, quase como se um video jogo se tornasse.

Por tudo isto Guerra Civil e um filme concetual interessante que marca bem o estilo de Garland como realizador. E um filme forte, duro, que nao necessita de uma grande intriga porque a mensagem que quer da encontra-se bem visivel do primeiro ao ultimo minuto do filme. E um realizador com objetivos muito fortes que os atinge de uma forma significativa.

O filme segue uma serie de quatro jornalistas que embarcam numa road trip perigosa ate Washington em plena guerra vicil americana de forma a retratarem o golpe de estado que se anuncia.

O argumento nao e propriamente muito trabalhar. Garland quer um pretexto mas nao o quer explicar, esse nao e o fundamento que ele quer do filme, o que ele quer e falar sobre a essencia do jornalismo de guerra e a mensagem sobre essa tarefa e isso consegue bem.

Na realizaçao o caos organizado de Garland em situaçoes que parecem comum e uma assinatura que me parece que ele consegue incutir nos seus filmes como nenhum. O meio termo entre filme de estudio e algum risco caotico tambem e uma imagem de marca de um realizador que ja merecia outra dimensao.

No cast temos Dunst longe da fama de outros tempos, Moura a ganhar impacto fora das series e uma jovem Spaeny a ganhar cada vez mais espaço, em personagens algo intensas mas que o filme as coloca como carne para canhão na mensagem. Fica-se pela prestação num filme interessante mesmo que o melhor registo de interpretaçao va para o cameo de Plemmons.


O melhor - A dureza de guerra e o caros de Garland.

O pior - Nao sabemos muito das personagens


Avaliação - B

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