Amy Winehouse é uma das figuras mais iconicas dos ultimos tempos, quer pelo conceito melodico e pelo sucesso imediato que teve, mas acima de tudo pela vida auto destrutiva que conduziu a sua morte e junção ao clube dos 27 quando ja quase ninguem pensava que seria possivel o grupo ter novos elementos. Este tipo de historias sao amadas por Hollywood de forma a transmitir ao mundo a sua representação. A produçao ficou a cargo de uma produtora inglesa com resultados criticos desoladores, sendo que comercialmente a estrategia de distribuir de forma diferenciada entre a europa e os estados unidos, o resultado comercial nos EUA foi muito curto onde contribuiu uma produçao algo british para o produto.
Sobre o filme podemos dizer que o que sobra de Amy Winehouse para alem da sua musica mais famosa e incontornavel que ocupa grande parte do tempo, sobra o desalinho e a impulsividade e muito pouco mais. Tenta-se dar um lado romantico e inocente que rapidamente se aproxima em demasia de uma pobreza emocional muito relevante, tornando-se num filme que nao e propriamente rico sobre a vertente mais concreta da personagem a qual nem sempre e bem trabalhada no filme, nao indo muito para alem do seu desalinho.
O filme assume-se como uma historia de amor irreverente e desconcertante. Blake e uma das figuras mais odiadas da historia, associado ao degredo da personagem, mas o filme acaba por ser mais simpatico dando a vertente de uma irreverência trabalhada, e de uma relação de impulsos onde pouco ou nada era pensado sobre o dia seguinte, e isso acaba por dar uma especie de Bonnie e Clyde da musica dos anos 90 com o desfecho que todos conhecemos.
O filme fica aquem das expetativas, começa numa abordagem muito clean, muito familiar de uma personagem caotica, que nunca tem o seu contexto devidamente espelhado. O filme nao quer ser duro, e isso por vezes conduz sempre a uma versão algo simpatica de tudo a volta da personagem e todos esperavamos mais risco em todos os aspetos.
A historia segue a ascensão de Winehouse e a sua musica, ao sucesso global, enquanto a sua vida emocional e romantica acabava por ser uma montanha russa que a conduziu ao tragico final que todos conhecemos.
O filme tenta ser detalhado nos acontecimentos musicais da cantora, mas parece receoso em ir ao epicentro dos seus conflitos e dos seus demonios. O filme tenta trabalhar a relaçao central como dual, mas fica muito por esclarecer e a sensaçao que o filme, mesmo em termos narrativos nunca quer ir ao fundo do poço.
Um dos problemas do filme começou na escolha da realizadora Sam Taylor Johnson e mais conhecidas pelos seus floops em 50 SOmbras de Grey do que por algum outro tipo de trabalho que fez e aqui arrisca quase nada. Um estilo britanico standart num filme que exigia mais autora.
No cast a escolha da desconhecida Marisa Abela para protagonista nao foi 100 porcento funcional, desde logo porque o arriscar ser a voz, nem sempre sai bem, com maneirismos a mais para a personagem. E nunca parece ser capaz de ir ao fundo do que a personagem foi. Ao seu lado um Coonor sempre funcional e intenso que acaba por ser o melhor do filme no seu impactante Blake.
O melhor - Connor merecia melhor filme.
O pior - O filme em muitos aspetos fica pela linha de agua em vez de ir ao fundo da personagem
Avaliação - C-
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