Friday, June 28, 2024

Summer Camp

 A carreira de Diane Keaton nos ultimos anos tem sido uma coleçao de comedias mediocres em que se reune com outras atrizes na terceira idade, para filme a fazer lembrar do passado em road trip ou reuniões com piadas pouco interessantes e uma estranha especie de filme adolescente que na verdade acaba por passar na terceira idade. Este ano, neste verão mais um capitulo sob a tutela de uma colonia de férias, com o resultado critico de sempre, ou seja muito negativo, e comercialmente principalmente os mais velhos e saudosistas ainda vão oferecer alguma plateia a este tipo de projetos, embora cada vez menor.

Sobre o filme podemos dizer que quem viu os ultimos quatro filmes da atriz em reunião com atrizes da mesma geração vai rapidamente perceber o que vai ver neste, alias fica a clara ideia que a personagem de Diane Keaton e claramente a mesma, nos maneirismos, forma e mesmo tipo de graça, ou falta dela. Este filme tem contra si um ponto que torna tudo ainda mais ridiculo que é ser um mais declarado filme de adolescentes na terceira idade, com este Levy plastificado a encaixar bem no quanto absurdo o filme acaba por ser.

Na essência falha tudo, podemos facilmente assumir, a historia e a base geracional do filme é ela totalmente errada do primeiro ao ultimo minuto, em termos humoritistico o filme nunca funciona verdadeiramente, a intriga é a esperada ao longo da sua duração sem qualquer tipo de extra, sem qualquer risco, sem qualquer originalidade, e um filme que facilmente se percebe que vai ser fraco concretiza que é mesmo fraco.

Um filme medíocre que vai dando para dar emprego e acima de tudo tempo de ecra a atrizes que foram significativas há umas décadas, mas que acabam por cair neste registo cada vez mais facil de não saber envelhecer e criar um género de peter pan que acaba por não ser minimamente interessante para o cinema em si.

A historia fala de três amigas de longa data que decidem ir reviver uma reunião de uma colonia de férias onde é reavivado o seu passado, os interesses amorosos, a ligação, a amizade e até as inimigas, num regresso ao passado na terceira idade.

O argumento é o absurdo que a sinopse represente num humor mal articulado, quase sempre demasiado convencional, em personagens pouco trabalhadas, mas acima de tudo um projeto que tem muito pouco de novo e acima de tudo de atual.

No que diz respeito à realização temos ao leme Castille Landon a realizadora de After, que neste caso tem um estilo de realização diferente, mas claramente fora de sitio. A tentativa de fazer uma comedia adolescente na terceira idade não me parece minimamente funcional e Landon nao o torna.

Os ultimos anos da carreira de Keaton tem sido acima de tudo tenebrosa, com repetição de personagens, ao seu lado Bathes acaba por ser uma das atrizes que participam neste filme com uma carreira mais consolidade.


O melhor -  curta duração


O pior - O resto


Avaliação - D-

Thursday, June 27, 2024

Ezra

Existem filmes com bons elencos, com uma tematica que normalmente e bastante proxima do publico que aguardam tempo infinito de forma surpreendente o seu lançamento para depois ficarem sem o mediatismo esperado. Pode ser isso que aconteceu com este drama familiar realizado por Goldwyn, que acabou por apenas um ano depois de estar pronto de ter o seu lançamento com criticas medianas, dentro do tipo normal do filme em questão, sendo que comercialmente os resultados foram uma desilusão, principalmente tendo em conta um elenco, mesmo com algumas participaçoes que pareciam conduzir a um maior destaque.

Sobre o filme a tematica de ter um filho com caracteristicas especiais e sempre interessante pelo menos na forma como o filme pode ser rico do ponto de vista emotivo. O filme consegue criar essa ligaçao do personagem central com os pais, e com os conflitos que dai surgem, embora estes caiam quase sempre no cliche exagerado que leva ao extremo das açoes. Aqui o filme e demasiado by the book, demasiado pensado para uma matine e menos uma capacidade de tocar a fundo o que o filme quer tratar.

Nao obstante disto o filme fala de diversas linhagens, do ponto de vista do adulto, da criança, de todos em volta, sem ter a tendencia de ter o lado bom e mau da historia mas normalmente vai a procura de formas de viver o problema sem que com isso perca muito tempo em ir muito ao fundo da questão, num filme que quer ser ligeiro, e que isso marca as suas opções.

Onde eu penso que o filme funciona pior acaba por ser alguns maneirismos exagerados da personagem infantil, algumas delas que poderão ser desconetadas com a problematica assumida. Por tudo isto fica a ideia que o filme acaba por ser uma analise colorida a uma problematia, com varios cliches de estudio com pouco risco, que cumpre no limite os seus objetivos.

A historia fala de um comediante que fica perto do redline quando o seu filho autista acaba por ser expulso da escola, e o leva a uma reação que conduz a uma ordem de afastamento, que conduz a uma fuga deste com o seu filho de forma a tentar encontrar respostas quer para o menor quer para ele enquanto pai.

O argumento tem um ponto interessante a forma de ser pai em caracteristicas muito particulares. O filme tenta criar os conflitos permanentes das personagens adultas, mas fica-se pela rama na resolução da maior parte dos pontos. Nao e propriamente um filme que quer ir ao fundo da questão, mas a ideia que fica é que para um nivel de estudio o filme cumpre o lado emotivo que quer ter.

Goldwyin e um conhecido ator que tambem tem alguns projetos como realizador principalmente em termos de televisao, que acabou por nunca lhe dar alguma dimensao. Aqui tem risco nulo, deixa a historia e a emoçao funcionar, mas e daqueles filmes que nao e propriamente grande panfleto para qualquer realizador.

No aque diz respeito ao cast Canavalle parece sempre uma segunda escolha para uma segunda linha de filmes, mas que tem a liderança deste projeto, em que fica sempre melhor no lado descontraido do que no pese dramatico que em momentos o filme exige. Ao seu lado um De Niro em piloto automatico e um jovem Fitzgerald que nos parece quase sempre demasiado mecanizado.


O melhor - O lado emocional no filme

O pior - O facto do filme ter dificuldade em ir mais alem do que a superficie


Avaliação - C

Monday, June 24, 2024

Trigger Warnig

 Existem carreiras de Hollywood que de um dia para o outro desaparecem totalmente do radar das revistas e surgem em pequenos filmes para nos lembrarem que a pessoa continua viva. Podemos dizer que foi isso  que aconteceu neste filme pequenissimo da Netflix para nos fazer lembrar que Alba ja foi uma das super stars do momento e que agora coleciona filmes de açao serie B como este, que nao fosse a Netflix iria rapidamente para o deposito de um streaming de baixa qualidade. Criticamente o filme foi o desastre esperado que se percebe aos dois seguindos do trailer. Comercialmente numa altura em que a Netflix esta totalmente perdida este filme podera ocurpar algum espaço nos mais jovens em ferias mas pouco mais.

Sobre o filme podemos dizer que este e o tipo de filme que os herois de açao fazem quando ficam fora de prazo mas que continuam a ter projetos cada vez mais pequenos. O filme e pequeno do primeiro ao ultimo minuto, no argumento completamente disparatado, com uma intriga descomunal que acaba na fase final por ser apenas um espaço para Alba ter sequencias de luta, onde a mesma fora de forma encaixa no plano secundario que o filme quer ter.

Se existia algumas duvidas para tentar perceber os motivos da carreira de Alba, filmes como este demonstram bem as suas lacunas como interprete e mesmo na açao. FIca a clara noção que o filme sabe que e fraco e tenta ao maximo, que o filme corra rapido e com procedimentos simples, mas o resultado imediato que o filme tem de ocurpar um lugar na biblioteca da netflix.

POr tudo isto temos um mediocre filme que tem como unico proposito anunciar ao mundo que Jessica Alba ainda trabalha apesar da decada em que ninguem ouviu nada da mesma, num filme fraco, com poucas ambiçoes, numa especie de policial de rotina, com uma intriga exagerada, para tentar da a Alba a imagem de dura que ja perdeu faz anos.

A historia fala de uma espiã norte americana que apos a morte do pai regressa a sua terra natal, onde percebe que se calhar o acidente que vitimou o seu pai, teve a mão de terceiro e tinha um objetivo bem maior que propriamente a morte dele.

O argumento e modesto a todos os niveis do primeiro ao ultimo minuto, personagens lineares, uma intriga exagerada e cheia de buracos, dialogos que parecem escritos por chat gpt, e pouco mais num tipico filme de ação de segunda linha do primeiro ao ultimo minuto.

Na realizaçao do projeto Surya e uma realizadora desconhecida com alguns projetos criticamente interessantes no pais de origem mas que nesta passagem para estudio escolheu um projeto debil, que acaba por se calhar danificar o momento da sua carreira.

Alba nunca foi uma boa atriz e se calhar isso colocou-a nesta posiçao em que sobre ser heroina de açao de filmes fracos e pouco mais. Se calhar vao existir muitos mais porque existem contas para pagar e pouco espaço para mais alguma coisa. O filme nao consegue chamar a si outros atores conhecidos.


O melhor - Apesar de tudo a narrativa simples e facil de acompanhar.

O pior - O lugar deste tipo de projetos e no aluguer distante

 Avaliação - D+

Friday, June 21, 2024

The Great Lillian Hall

 A Max encontra-se numa fase em que tenta reformular o seu conteúdo, depois de alguns anos em que basicamente apostava nas series da HBO e alguma divulgação sequente dos filmes da WB. Este ano surgiu um pequeno filme ja com a sua assinatura com um elenco mais sénior que chamou a atenbção da critica e promete ser um dos telefilmes mais bem avaliados do ano. Este filme conseguiu estabelecer uma boa resposta critica, contudo comercialmente ao ter dificuldade em ser lançado diretamente em alguns mercados ainda não permitiu um impacto mais global.

Este filme é uma obra que toca num assunto particularmente relevante que se trata na degradação fisica de uma carreira de ator, que pelas suas vicicitudes nem sempre da espaço para a retirada no momento correto, levando a que a ligaçao entre a realidade e a ficção dos papeis muitas vezes nao exista. O fillme toca bem nesse ponto e trás para a discussão algo muito particular de uma forma intensa, sustentado numa boa interpretação e definição da personagem de Lange.

Fica no entanto a ideia que o filme não consegue criar um ritmo elevado, e as misturas entre realidade e ficção sempre na cabeça da personagem poderia e deveria ser mais trabalhado ponto a ponto: Não obstante deste ponto o filme consegue quase sempre chegar no seu proprio estilo convencional onde quer. Fica a ideia que tem elementos suficientes para ser um razoavel telefilme, mesmo que sem atributos para muito mais.

Um filme que nos deixa interessados, que nos faz ter atenção a suma serie de aspetos bastante particulares do dia a dia de um ator conceituado, mesmo que posteriormente o filme siga um caminho algo linear. Nao e esperada muita criatividade num telefilme, mas a historia acaba por ser transmitida com clarividência.

A historia segue uma atriz estrela, nos ultimos anos de carreira, marcada pela morte do marido que começa a sentir a degradação do seu corpo, enquanto tenta continuar na carreira que fez a sua vida.

O argumento do filme e interessante no tema que quer abordar, consegue ir buscar os aspetos corretos, mas as vezes falta-lhe o rasgo de diferenciaçao na personagem e mesmo nas situações que conduza o filme para patamares mais diferenciados. Nao obstante deste ponto o filme consegue os seus intuitos.

Na realizaçao temos Cristofer um argumentista conhecido com alguns projetos ao longo da sua carreira com algum resultado, embora os mais relevantes tenham sido diretamente para televisao como o ja longuinquo GIA que apresentou uma das melhores versões de Angelina Jolie. Aqui um trabalho tipico de telefilme, uma historia relevante sem grandes artefactos de imagem.

No cast temos uma Jessica Lange que deve se ter revisto na personagem, por ser uma atriz de uma carreira longa a procura de continuidade. Temos uma boa prestação com as indecisões tipicas da idade, que demonstra que mesmo os atores mais inexperientes nos papeis certos conseguem continuar a ter a sua luz, numa intepretação quase a solo.


O melhor - O que o filme transmite

O pior - O ritmo tipico de telefilme


Avaliação - C+

Saturday, June 15, 2024

Hit Man

Este filme da Netflix, a sua maior aposta de verão, tentando fazer rentabilizar ao maximo o Star Value que Glenn Powell ganhou nos ultimos tempos, teve uma estrategia de lançamento no minimo peculiar. Ja que nos EUA e nos circuitos maiores acabou por ser lançado como o produto major da aplicação de streaming mas em alguns paises, acabou por ir aos cinemas, quem sabe potenciado pela boa receção critica que o filme obteve. Comercialmente e dificil avaliar o resultado em face de uma estrategia algo diferenciada, mas os resultados pelo mundo fora nao tem sido brilhantes talvez devesse ter ido diretamente para a aplicação.

Sobre o filme temos uma comedia biográfica que adota um caracter ligeiro que tenta potenciar ao maximo os disfarces e os diversos momentos da personagem, entrando depois por uma intriga policial. O inicio do filme nao e facil, ritmo baixo, dialogos extremamente longos e mais que isso, tudo nao conduz a uma especial definiçao da personagem, ficando sempre a ideia que o filme, principalmente no seu primeiro terço tem alguma dificuldade em comunicar o que realmente quer de si proprio.

Com a passagem para o segundo segmento e com a introduçao da personagem de Maddisson e na intriga policial o filme joga mais no jogo do gato e do rato, da colocação de situações dificeis para a personagem ultrapassar com avanços e recuos tipicos de um mediano filme policia. Nao obstante disto, o filme adquire mais ritmo, é mais intenso e funciona melhor, embora me pareça sempre que é algo modesto em todo o seu teor para o que estamos habituados a ver de Linklater.

Por tudo isto temos um mediano filme de açao, que aproveita o star power atual do seu protagonista, o qual nem sempre e particularmente rico do ponto de vista interpretativo. A historia do personagem e peculiar, mas como biopic parece sempre algo mais fantasiado do que propriamente criado com excelencia para um resultado mais impactante.

A historia segue um professor que acaba por começar a colaborar com a policia ate que adquire a alegada identidade de um assassino profissional que o objetivo e deter pessoas que contratam alguem para esse fim, sendo que no momento em que conhece uma das suas clientes com quem se envolve todo o profissionalismo muda de figura.

O argumento do filme nem sempre tem o equilibrio necessario principalmente entre os seus tempos. INicialmente fica a ideia que o filme e algo lento, demasiado longo nos dialogos, passando para um ritmo mais condizente com um filme de açao de verão, mas mesmo assim longe de ser particularmtne diferenciado na historia ou em qualquer outro elemento.

Tendo um realizador tao unico como Linklater fica a ideia que o filme sabe a pouco. Temos algum cheirinho do tipo de escrita do realizador nos dialogos iniciais, mas rapidamente percebemos que e fora de tom para aquilo que o filme realmente queria. De resto o filme acaba por ser mais funcional quando tenta ser mais simples.

No cast e obvio que Powell esta numa fase boa comercial, e o filme aproveita isso dando diferentes vertentes do ator o qual e tambem argumentista do projeto. Nao fica a clara ideia de que o mesmo tem muitos recursos para alem do gala de filmes comerciais. Ao seu lado Arjona perdeu nos ultimos tempo algum furor nos seus projetos e que tenta recuperar pela vertente mais sensual que lhe deu maior projeçao.


O melhor - A segunda fase leva o filme para um terreno mais obvio.


O pior - A parte lenta em que o filme tenta ser mais que um comercial mediano de verao


Avaliação - C+

Thursday, June 13, 2024

Back to Black

 Amy Winehouse é uma das figuras mais iconicas dos ultimos tempos, quer pelo conceito melodico e pelo sucesso imediato que teve, mas acima de tudo pela vida auto destrutiva que conduziu a sua morte e junção ao clube dos 27 quando ja quase ninguem pensava que seria possivel o grupo ter novos elementos. Este tipo de historias sao amadas por Hollywood de forma a transmitir ao mundo a sua representação. A produçao ficou a cargo de uma produtora inglesa com resultados criticos desoladores, sendo que comercialmente a estrategia de distribuir de forma diferenciada entre a europa e os estados unidos, o resultado comercial nos EUA foi muito curto onde contribuiu uma produçao algo british para o produto.

Sobre o filme podemos dizer que o que sobra de Amy Winehouse para alem da sua musica mais famosa e incontornavel que ocupa grande parte do tempo, sobra o desalinho e a impulsividade e muito pouco mais. Tenta-se dar um lado romantico e inocente que rapidamente se aproxima em demasia de uma pobreza emocional muito relevante, tornando-se num filme que nao e propriamente rico sobre a vertente mais concreta da personagem a qual nem sempre e bem trabalhada no filme, nao indo muito para alem do seu desalinho.

O filme assume-se como uma historia de amor irreverente e desconcertante. Blake e uma das figuras mais odiadas da historia, associado ao degredo da personagem, mas o filme acaba por ser mais simpatico dando a vertente de uma irreverência trabalhada, e de uma relação de impulsos onde pouco ou nada era pensado sobre o dia seguinte, e isso acaba por dar uma especie de Bonnie e Clyde da musica dos anos 90 com o desfecho que todos conhecemos.

O filme fica aquem das expetativas, começa numa abordagem muito clean, muito familiar de uma personagem caotica, que nunca tem o seu contexto devidamente espelhado. O filme nao quer ser duro, e isso por vezes conduz sempre a uma versão algo simpatica de tudo a volta da personagem e todos esperavamos mais risco em todos os aspetos.

A historia segue a ascensão de Winehouse e a sua musica, ao sucesso global, enquanto a sua vida emocional e romantica acabava por ser uma montanha russa que a conduziu ao tragico final que todos conhecemos.

O filme tenta ser detalhado nos acontecimentos musicais da cantora, mas parece receoso em ir ao epicentro dos seus conflitos e dos seus demonios. O filme tenta trabalhar a relaçao central como dual, mas fica muito por esclarecer e a sensaçao que o filme, mesmo em termos narrativos nunca quer ir ao fundo do poço.

Um dos problemas do filme começou na escolha da realizadora Sam Taylor Johnson e mais conhecidas pelos seus floops em 50 SOmbras de Grey do que por algum outro tipo de trabalho que fez e aqui arrisca quase nada. Um estilo britanico standart num filme que exigia mais autora.

No cast a escolha da desconhecida Marisa Abela para protagonista nao foi 100 porcento funcional, desde logo porque o arriscar ser a voz, nem sempre sai bem, com maneirismos a mais para a personagem. E nunca parece ser capaz de ir ao fundo do que a personagem foi. Ao seu lado um Coonor sempre funcional e intenso que acaba por ser o melhor do filme no seu impactante Blake.


O melhor - Connor merecia melhor filme.


O pior - O filme em muitos aspetos fica pela linha de agua em vez de ir ao fundo da personagem


Avaliação - C-













Tuesday, June 11, 2024

Unsung Hero

 Numa altura em que cada vez mais esta a existir um mercado sobre historias reais de fé e de familia, eis que este ano com mais uma vez um elenco totalmente desconhecido surgiu mais um drama religioso sobre sentimentos positivos na familia que conduziram ao sucesso. Quase contado na primeira pessoa por Joel Smallbone, o filme surgiu com as avaliaçoes medianas, algo negativas tipicas do genero. Comercialmente nao sendo lançado por uma das operadoras mais fortes do genero, os resultados acabaram por ser muito mais interessantes do que propriamente era expetavel.

Sobre o filme podemos dizer que temos a tipica historia de domingo a tarde, alguem com problemas de fe depois de um insucesso profissional e a forma como toda a familia tem que se organizar dentro da adversidade para ir buscar o sucesso. O filme e o esperado do primeiro ao ultimo minuto, com muita emoçao, mas o filme sempre contado como se de uma novela de serie b se tratasse cheio de cliches emocionais e pouco mais.

Um dos problemas deste genero de filme acaba por ser que cada vez mais o que os filmes são demasiado semelhantes, demasiados presos a cliches desnecessarios a musicas de impacto nulo, e filmes que transmitem boas emoçoes, mas tem uma agenda quase indiferente no cinema. COntudo parece que existe um publico que quer ver isto, e o que e certo e que semana apos semana os resultados comerciais aparecem.

Assim mais um filme do genero cristão, que trata de uma historia real que a maior parte das pessoas desconhece, que marca o insucesso e sucesso familiar na adversidade recheado de cliches de filmes de terceira linha, mas que fruto dos tempos conseguiu uym impacto comercial que seria, há anos atras totalmente impossivel de servir.

A historia segue um produtor musical que depois de um insucesso tremendo tem de ir com a sua familia numerosa para os EUA, a procura de um recomeço, contudo os insucessos e as dificuldades economicas, ligado a dificuldade em acreditar nas pessoas leva a familia a dificuldades muito severas.

O argumento e o expetavel, a historia e razoavelmente interessante, embora iguala  muitas outras, denota-se a preocupaçao que tudo funcione emocional com nenhum cuidado estetico ou mesmo algum tipo de cuidado no que diz respeito a capacidade de surpreender o espetador.

Na realizaçao um dos realizadores e protagonistas e um dos menores do filme, dai a proximidade emocional a todo o filme, ao seu lado Richard Ramsey desconhecido, numa especie de telefilme que pouco ou nada e abonatorio para as carreiras.

Estes filmes tem muita dificuldade em chamar nomes conhecidos, a maior parte dos interpretes sao figuras quase irrelevantes com personagens lineares, e alguns secundarios que ja os vimos, em fases menos intensas da carreira onde procuram algum tempo de ecra. Muito pouco.


O melhor - Tem sempre emoçoes simples


O pior - O facto deste tipo de filmes nao arriscar nada


Avaliação - C-

Saturday, June 08, 2024

The Strangers: Chapter One

 The Strangers e um filme de terror que quando foi lançado pouco ou nada foi significativo, contudo com o passar dos anos acabou por surgiu uma prequela e agora, para surpresa de todos uma triologia sob a batuta do experiente, mas distante da critica Renny Harlin. Neste primeiro filme lançado em pleno mes os Blockbusters o resultado critico deixaram muito a desejar principalmente para quem tinha a ambiçao de começar uma saga. Comercialmente as coisas nao foram tao más como poderiam ter sido, mas tambem me parece curto para alimentar tres filmes.

Para quem viu o primeiro The Strangers podemos dizer que este e basicamente igual em todos os seus principios, na ida das personagens para uma cidade distante, a ida para uma casa escondida e o surgimento de tres personagens mascaradas, apostada em criar todo o terror entre as personagens. O filme nao e propriamente muito duro em termos de imagens, mas a estetica das mascaras funciona sempre em alguns momentos, embora num estilo demasiado obvio.

NO final fica muito por responder, nao fosse o primeiro de tres filmes, como quem esta por tras das mascaras que seguimento ira ter a protagonista depois de ter sobrevivido e pouco mais, ja que temos o tipico filme de estudio sobre adolescentes em situaçao limite, nao temos propriamente muito terror, mas mais sustos esteticos que nos leva acima de tudo a nao compreender como e que o filme acabou por ser lançado numa triologia.

Fica muitas duvidas sobre o que vem a seguir, principalmente porque se percebe que o filme nao ira trazer nada a nenhum nivel de novo sobre o que ja vimos anteriormente. Outro dos problemas e que todos conhecemos Harlin pela sua forma de fazer filmes faceis, dai que sera surpreendente se os proximos capitulos surpreenderem e passarem o valor mediocre deste.

O argumento e o conhecido da saga, um casal perde-se numa pequena cidade do interior dos USA, e acabam por ser conduzidos para uma casa de turismo rural, onde ambos acabam por receber uma misteriosa visita de tres pessoas com mascaras com o objetivo de os matar.

Sobre a historia temos um filme simples em que nada e explicado para alem do terror momentaneo. O filme tenta criar alguns conflitos e divergencias entre os elementos do casal para fazer o filme crescer mas utiliza isso pouco porque na essencia rapidamente se torna num filme do gato e do rato.

Na realizaçao o experiente Harlin regressa ao cinema de estudio depois de muitos anos afastados e que fizeram pensar que a sua carreira estava direcionado para a serie b. um colecionador de filmes fracos de estudio que acaba aqui por ter mais um, numa obsessão por uma triologia sem grande sentido, assim como a maioria da sua carreira.

Para protagonista o filme escolhe dois jovens atores oriundos de series mas com pouco ou nenhum tempo de cinema. Num filme de terror basico nao e necessario muito para alem de grito e entrega fisica num filme que apenas nos seguintes se vai perceber o que quer retirar da personagem central.


O melhor - Os viloes nao sao paranormais.

O pior - O primeiro de tres filmes que se advinham mediocres


Avaliação - C-

Friday, June 07, 2024

Challangers

 Estreado no ultimo festival de Veneza este projeto de Luga Guadagnino sobre o Tenis, levantou a curiosidade por trazer Zendaya fora do seu territorio mais comercial, num filme sobre amizade, amor e competiçao. O filme surpreendeu positivamente os festivais onde foi apresentado com criticas muito interessantes e surpreendeu o filme ser lançado comercialmente em pleno verão de blockbusters, ja que poderia ser um filme com algum valor de premios, que pode ser dissipado com o tempo que falta para os mesmos. COmercialmente, os resultados foram consistentes, se calhar pelo facto de Zendaya ter neste momento um valor comercial de primeira linha.

Sobre o filme podemos dizer que para quem gosta de tenis, e dos que melhor consegue entrar no mundo daquele desporto, e dar algumas das sequencias de tenis mais bem gravadas que temos memoria. Muito disto esta na escolha interessantissima da banda sonora que da um estilo incrivel ao filme e torna-se mesmo muitas vezes o protagonista maior do filme.

Mas o filme nao se fica pelo valor tecnico, e um filme estranho e ambiguo sobre as personagens, as quais nunca chegamos a conhecer, e um filme que acaba por ser uma montanha russa de relações, ligações, que é conduzido por excelentes interpretaçoes e um filme com um suspense latente que nos leva ao longo da sua duração para um prisma original, e sempre com algo a ser dado em cada conversa.

Por tudo isto Challangers e o primeiro grande filme do ano a todos os niveis, interprtativo, originalidade do argumento e mais que tudo os promenores concetuais que fazem do filme muito marcante para os espetadores, embora fique a sensação que algumas questões dos porques das personagens nao sejam propriamente respondidas.

A historia fala de dois amigos que cresceram totalmente juntos no mundo do tenis em que tudo mudo com a entrada em cena de uma estrela feminina no tenis que acaba por acabar com a harmonia sempre existente na dupla.

O argumento da-nos uma das maiores rivalidades ficcionais desportivas que temos memoria, e o filme vai potenciar isso nas diferenças das personagens e pela a intensidade da personagem central. E rico, ter dialogos de primeira linha com muito conteudo e acima de tudo manter a ambiguidade que o filme quer para si.

Guagadino e um realizador de ponta que teve em Call Me By Your Name o seu ponto mais significativo, mas tem termos de realizaçao parece-me claro que este e o seu melhor filme. Concetual, arriscado, com ritmo, com um excelente balanço de todos os aspetos do filme que merecem todo o destaque de um dos realizadores do momento.

No cast o filme tem como protagonistas dois atores quase desconhecidos, mas cujas prestações anteriores ja tinham ficado na retina e aqui demonstram os atributos que fazem deles dois casos series do Hollywood. Feist tem muitos recursos e o filme usa-os, Connor tem uma capacidade unica de utilizar a ironia, e Zendaya da o valor comercial que o filme quer ter.


O melhor - A rivalidade e a banda sonora.


O pior - Algumas perguntas ficam por responder


Avaliação -. B+

Tarot

 Num ano em que o terror encontra-se como prato do dia para diferentes gostos, com filmes de terror juvenil com figuras conhecidas, ate projetos mais concetuais, eis que o verão tem sido prodigo neste tipo de registo. Tarot e um filme que entra na primeira linha de filmes de grande estudio com um terror direto, entrando com o tarot e as suas figuras num terror muito estetico. Comercialmente como a maior parte dos filmes deste genero o resultado foi um desastre. Comercialmente a presença de alguns icons pops de um cinema mais adolescente permitiu ao filme um resultado comercial bem mais consistente do que o filme viria a merecer.

SObre o filme podemos dizer que temos o tipico filme de terror de estudio juvenil, um conjunto de jovens em grupo, uma premoniçao e mortes diferentes e a luta dos resistentes contra o destino. O filme falha a nivel concetual, nao explica, nao e de horror claro, e fica a clara ideia que muitas das vezez o filme acha que impressiona bem mais do que acaba por fazer.

Tambem em logica o filme nao existe, se em filmes como Final Destination o acidente casual da ao filme um terror pouco visual, aqui temos uma força demoniaca que se disfarça sem qualquer explicaçao nas cartas do tarot unica e exclusivamente para o filme ter um teor visual ja que de resto nao existe qualquer tipo de sentido e explicaçao.

OU seja um pessimo filme de terror, sem personagens acabando por ser apenas aquele tipo de filme em que sabemos que as personagens vão morrer sem conhecermos as mesmas, e mais que isso um final que nunca conseguimos perceber na forma como se vem livre da força demoniaco. Tudo um desastre.

O filme fala de um conjunto de amigos num fim de semana juntos, em que um dos elementos apos encontrar um baralho de tarot acaba por ler o futuro aos outros elementos que conduz a um destino completamente escrito para todos.

O argumento e o tipico do filmes de terror de estudio pouco trabalhados. Nao sabemos nada sobre as personagens as quais apenas tem de esperar a morte, e depois um final a atalhado para dar resposta ao destino fatal.

Na realizaçao do projeto uma dupla de realizadores quase desconhecido, os quais estão associados a argumentos de serie B. o filme nao e propriamente artistico, nem tenta ser. O lado estetico das mortes ficam muito aquem do que vimos em filmes mais pequenos, e um trabalho muito aquem do exigido.

No cast um conjunto de atores reconhecidos do publico adolescente ainda sem carreira, os quais tentam ganhar aqui espaço junto do publico mais jovem, claramente a populaçao alvo do projeto. Neste tipo de filmes nao sobre qualquer registo para os seus interpretes.


O melhor - Ser um filme curto

O pior - Nao se dar sequer ao trabalho de explicar alguns porques das coisas


AValiação - D

Thursday, June 06, 2024

Civil War

 Alex Garland e um dos argumentistas realizadores do cinema atual que melhor consegue espelhar o caos que uma sociedade de pode tornar, ficando sempre a impressão que é um ator pouco acarinhado nos seus projetos, apesar da sua dimensão concetual. Este ano surgiu mais uma obra sobre isso, desta vez sobre o jornalismo de guerra numa cenario hipotetico. Este seu novo filme conquistou a critica algo que tem sido habtiual no realizador, sendo que comercialmente, num territorio onde normalmente tem mais dificuldades novamente as coisas resultaram com resultados de impacto significativo.

Sobre o filme podemos dizer que Garland nao quis historia nem muitos porquês, ele dá o conflito extremado num pais como os EUA fracionado por ideologia e depois basicamente embarcamos nos perigos de uma road trip em jornalistas de guerra e na ligação entre eles. O filme ganha pela dureza de todos os conceitos de guerra que utiliza mas mais que isso na satira ainda que incapotada da obra maior que a pessoa que tao bem ele trás na cena final.

Poucos ou mesmo nenhum consegue criar tao bem um caos hipotetico como Garland e incrivel a forma como torna locais conhecidos totalmente desgastados pela guerra, ou na forma como desprove por completo as personagens de qualquer humanismo, numa serie de sequencias que da ao grupo de protagonistas, quase como se um video jogo se tornasse.

Por tudo isto Guerra Civil e um filme concetual interessante que marca bem o estilo de Garland como realizador. E um filme forte, duro, que nao necessita de uma grande intriga porque a mensagem que quer da encontra-se bem visivel do primeiro ao ultimo minuto do filme. E um realizador com objetivos muito fortes que os atinge de uma forma significativa.

O filme segue uma serie de quatro jornalistas que embarcam numa road trip perigosa ate Washington em plena guerra vicil americana de forma a retratarem o golpe de estado que se anuncia.

O argumento nao e propriamente muito trabalhar. Garland quer um pretexto mas nao o quer explicar, esse nao e o fundamento que ele quer do filme, o que ele quer e falar sobre a essencia do jornalismo de guerra e a mensagem sobre essa tarefa e isso consegue bem.

Na realizaçao o caos organizado de Garland em situaçoes que parecem comum e uma assinatura que me parece que ele consegue incutir nos seus filmes como nenhum. O meio termo entre filme de estudio e algum risco caotico tambem e uma imagem de marca de um realizador que ja merecia outra dimensao.

No cast temos Dunst longe da fama de outros tempos, Moura a ganhar impacto fora das series e uma jovem Spaeny a ganhar cada vez mais espaço, em personagens algo intensas mas que o filme as coloca como carne para canhão na mensagem. Fica-se pela prestação num filme interessante mesmo que o melhor registo de interpretaçao va para o cameo de Plemmons.


O melhor - A dureza de guerra e o caros de Garland.

O pior - Nao sabemos muito das personagens


Avaliação - B

Wednesday, June 05, 2024

The Long Game

 Os dramas desportivos são do genero mais universal que temos no cinema, sempre apostado em dar a conhecer ao mundo façanhas desportivas e outros marcos culturais e sociais que vão sendo retratados em filmes com maior e menor dimensão. Este ano surgiu este pequeno filme sobre a cultura mexicana de imigração nos EUA; a segregação racial e golf. Criticamente o resultado ate foi positivo mesmo sendo um filme pequeno e de ambições curtas. Do ponto de vista comercial  os resultados foram escassos principalmente tendo em conta a população mexicana nos EUA:

Sobre o filme podemos dizer que e um filme obvio, algo cliche, sobre os temas que quer tratar num desporto que normalmente nao e muito abordado no cinema pela pouca intensidade dos momentos. O filme funciona mais no plano cultural e dos cuidados, aqui o filme entra no cliche tipico, sendo que do ponto de vista dos feitos podemos dizer que nao e totalmente percetivel, como outros filmes sobre o desporto americano não o são do ponto de vista global.

O filme e emocionalmente interessante na ligação entre as personagens e principalmente na entreajuda entre pessoas com a mesma base em posições diferentes, mas pouco mais. Percebe-se que seria um filme serie B, de domingo a tarde, com objetivos curtos, com um planeamento muito especifico para objetivos curtos, mas fica a sensação que é um filme demasiado preso ao livro.

Por tudo isto temos um filme basico com o pressuporto de ter um testemunho cultural, e mais que isso dar a conhecer um feito particular desportivo, num desporto de modos, mas que aqui acabou por demonstrar a sua rigidez independentemente da qualidade dos executantes. O filme e simples, com muito coraçao e pouca maturidade tentando ir para alem dos pressupostos basicos

A historia fala de um conjunto de jovens emigrantes mexicanos que colaboram num campo de golf, mas que têm o sonho de se tornar jogadores ate que um praticante, professor decide treinar e tornar o sonho num desporto com muitas barreiras sociais fosse uma realidade para os jovens.

NO que diz respeito ao argumento temos o feito, muito interessante a nivel social, e de empenho, mas a forma como o filme trabalha acaba por ser demasiado basico, e preenchido por cliches nos diferentes elementos do filme. Nao temos propriamente muito trabalho em personagens e dialogos.

Na realizaçao um realizador culturalmente proximo do contexto social do filme, que da ao filme um ritmo de telefilme e de serie B. Nota-se a preocupação cultural mas pouco mais num percurso que nos parece que va ser dedicado a homenagem cultural.

No cast temos alguns habitues neste tipo de registo Hernandez tornou-se num tipico ator de filmes de segunda linha depois de inicio muito interessante nunca se confirmou para alem deste estilo. Ao seu lado um Quaid tipico secundario em filmes serie B, e uma serie de jovens hispanicos, desconhecidos a procura de tempo de ecra.


O melhor - O feito desportivo

O pior - O filme nunca sair da roupagem cliche de domingo a tarde


Avaliação - C

Boy Kills World

 Este estranhissimo filme que junta uma especie de John Wick com Hunger Games, teve mais de um ano a espera do seu lançamento pese embora fosse um filme de uma produtora de segunda linha, conseguiu no sempre abrangente mes de Abril a sua estreia. Criticamente o resultado foi mediano, muito na onde da maior parte dos filmes do genero nos ultimos tempos, sendo que comercialmente e com o crescimento da figura de Skaarsgard, se esperava mais com resultados muito curtos.

Sobre o filme podemos dizer que temos uma violenta comedia negra, do genero heroi contra o mundo com muito sangue, alguns twists, humor mordaz e principalmente um segredo que faz na maior parte do tempo o filme ser original, que e termos um narrador, bem conhecido da saga BOb Burgers e dar-nos os pensamentos da personagem principal, mudo. Este apontamento é o que melhor funciona no filme, na sua originalidade, mas mais que isso na sua comicidade.

Em termos de historia temos muito pouco, a vingança de alguem que matou a familia e se tornou numa maquina de matar, onde o twist apenas condimenta uma historia curta que tenta acima de tudo deixar espaço para o lado mais concetual e estetico que o filme quer ter, com exagero de sangue e com um lado disparatado que dao ao filme o seu estilo rebelde.

Por tudo isto num ano em que nos parece que os filmes estão em termos de qualidade muito longe do que deveriam estar, temos pelo menos um filme diferente, de ambiçoes curtas, mas que pelas suas particularidades acaba por em muitos momentos enterter, e isso ja nao e mau tendo em conta o que temos visto.

A historia segue um jovem mudo que depois de ver a sua familia ser morta pela familia mais poderosa e que governa o mundo onde vive e treinado por um estranho oriental com o objetivo de matar todos os que conduziram a sua situação.

O argumento e o tipico de filmes deste genero que cada vez são mais e tem como base John Wick. O filme aqui arrisca num twist significativo que funciona melhor no ritmo do filme do que propriamente pelo seu significado. O humor narrado funciona e é o segredo central do filme.

Pese embora os produtores fossem conhecidos mais associados ao terror, um realizador acabou por ser Moritz Mohr, um realizador alemão sem qualquer registo significativo que tem aqui um projeto com ritmo, longe de ser esteticamente muito elaborado mas que cumpre os seus objetivos.

Skaarsgard esta a adquirir o estatuto de heroi revoltado de açao que tem neste filme e se prepara no futuro Corvo. E um ator intenso, nao e propriamente alguem com uma riqueza dramatica acentuada, mas nao sei se este e o espaço que melhor lhe serve, num filme quase a solo.


O melhor - A irreverencia do filme narrado

O pior - A historia acaba por ser sempre a mesma


AValiação - B-

Monday, June 03, 2024

The Ministry of Ungentlemanly Warfare

 Guy Ritchie tem estado nos ultimos anos hiperativo com diversos projetos principalmente em cinema, mas tambem para televisão onde o seu Gentelman teve um sucesso muito interessante na Netflix. Neste ano temos a sua roupagem  para um alegado acontecimento da 2 grande guerra com um grupo ilegal e a importancia do seu trabalho de campo. O filme recolheu criticas medianas, muito de encontro ao habitual nos filmes mais genericos do realizador, e comercialmente as coisas nao foram propriamente brilhantes tendo em conta a presença de Cavill sempre com o estatuto comercial de estrela de primeira linha.

Quem esta habituado ao cinema mais standartizado de Ritchie vai perceber que o filme e claramente aquilo que se estava a espera. Pouco ou nenhum detalhe historico, muitos tiros, exercicios de estilo e frases feitas, o comum para o realizador normalmente numa prespetiva mais atual, desta vez em clima de 2 guerra mundial. Dai que a previsibilidade do filme e o apontamento que mais salta a vista quando acabamos de o ver principalmente tendo em conta os intervenientes conhecidos.

Um dos apontamentos que menos gosto de Ritchie e que tudo tem que ser um excercicio de estilo, a forma como o disparo e feito, o comentario anterior, mas depois os filmes sao algo vazios neste caso muito lineares com pouco ou nenhum detalhe sobre uma operaçao que a ter existido desta forma merecia ser tratada de uma forma mais madura, mas isso nao e o cinema de Ritchie e ele admite isso desde o primeiro minuto.

Ou seja mais um filme para o grupo do realizador, que a longo prazo nao se vai diferenciar em muito da maioria dos mesmos, numa especie de Inglorious Bastards de terceiro nivel. O filme tenta ser engraçado e carismatico mas parece ficar sempre pelo meio caminho, e a quantidade de balas disparadas muitas vezes compensa a preguiça de uma intriga mais completa.

O filme fala de um grupo de foras da lei, contratados pelo governo ingles de forma a colocar em check o poder maritimo nazi, e assim permitir um impacto maior da ajuda americana, num grupo que tinha uma missao arriscada e fora do protocolo legal.

A historia poderia ser interessante se fosse trabalhada a serio e nao como um filme de Ritchie onde as preocupações sao em frases feitas e em açao pura. O filme desaproveita as personagens e o feito para um filme de desgaste rapido.

Ritchie tem uma assinatura de forma indiscutivel, mas nem sempre me parece que seja a melhor assinatura, os seus filmes sao demasiado medianos, semelhantes independentemente da tematica e do encaixa temporal que tenha. Aqui temos isso, de um realizador que se chegou a pensar que poderia ter outro valor.

No cast um conjunto de habitues do realizador que tambem nao sao propriamente conhecidos pelos seus atributos enquanto atores e o filme percebe isso fazendo-os funcionar nos principios curtos que Ritchie quer das suas personagens.


O melhor - O feito historico

O pior - Ritchie transformar isto numa pastilha elastica de sabor rapido


Avaliação - C

Sunday, June 02, 2024

The Garfield Movie

 Num ano que ate ao momento não tem tido propriamente muita novidade no que diz respeito ao cinema de animaçao, com o lançamento mais significativo a ser o quarto filme de Kung Fu Panda, a Colombia Picutures tentou reanimar Garfiel num filme de animação com vozes conhecidas e o estilo de sempre do gato preguiçoso. Se do ponto de vista critico o filme foi um desastre continuando a afastar a critica da animação, comercialmente os primeiros resultados tem sido muito interessantes o que demonstra mais a falta de resposta que tem existido este ano do que propriamente a qualidade do filme.

Sobre o filme podemos dizer que é o filme esperado e pensado para ganhar dinheiro com base na imagem que ja temos de uma personagem, sem tocar minimamente no que ja conhecemos, independentemente de trazer o seu pai. E um filme de açao, de novos personagens mas pouco mais, e previsivel, o humor aparece muito pouco no filme, o que acaba por ser o sabor mais amargo do filme, ja que Garfield seria claramente um personagem comico.

O que funciona no filme e principalmente o seu amigo Odie e os seus momentos, de tudo o resto o esteriotipo da personagem, um episodio maios da serie com personagens mais significativas mas pouco mais a todos os niveis. O filme nao e propriamente rico do ponto de vista de produçao, arrisca pouco, e so no que diz respeito a Catflix consegue alguma abordagem diferenciada, ja que tudo o resto e de uma animaçao simples de estudio.

Se calhar num momento em que a animaçao tem muita dificuldade em criar novos personagens ou dar grande impacto a personagens ja existentes alguem percebeu que poderia ser o momento de Garfield e comercialmente parece ter acertado mesmo que como filme seja um filme obvio, de desgaste rapido que pouco ou nada tras de novo.

O filme segue Garfiel a sua ligaçao com Jon e uma aventura criada num reencontro com o seu passado e o seu pai, que leva os amigos a uma aventura que podera colocar em causa a sobrevivencia de todos e principalmente a ligaçao com o seu pai.

O argumento do filme e o base e esteriotipado para lançar um formato, temos uma narrativa construida para um filme rapido, alguma ligação emocional, embora longe de ser trabalhado como a Pixar o faz, e acima de tudo o pensamento que a personagem de Garfield esta no seu momento.

O projeto e realizado por Mark Dindal, um habitue de uma animaçao de segunda linha que teve entregue a si um dos projetos estreados em pleno momento alto do verão de hollywood. O projeto e demasiado mediatico para o estilo demasiado tradicionalista de animaçao. APenas em dois momentos temos algum risco, de um realizador obviamente de segunda linha.

No cast de vozes vi a versão portuguesa, competente sem ser brilhante, mas penso que Pratt e Jackson como personagens centrais podem ser uma mais valia na forma do filme comunicar.


O melhor - Garfield mantem as suas caracteristicas mais conhecidas, embora mais ativo.

O pior - O filme quase nao arriscar no humor


AValiação - C-

The First Omen

 The Omen e um dos filmes mais conceituados de terror na passagem dos anos 70 para os 80 que teve a sua reaparição no inicio dos anos 2000, e que agora tem mais um capitulo alegamente sobre o inicio da maldição, num filme de grande estudio mas sem figuras de primeira linha. Criticamente as coisas ate correram bem num genero como o terror que este ano tem sido muito frequente mas com avaliações negativas. Comercialmente o filme tem sempre um conceito comercial interessante mas neste caso o resultado ficou pela mediania o qual nao ajudou a falta de atores de primeira linha.

Sobre o filme podemos desde logo dizer que The Omen nao tem um conceito tão forte atualmente no publico alvo para ser uma aposta de primeira linha. O filme tenta fugir ao lado mais mediatico do terror comercial, apostando no horror que consegue bons momentos principalmente nas expressoes faciais que ja eram um dos trunfos principalmente do primeiro filme e do reebot mais recente. Fora isso temos um filme que tem os parametros proprios e que tem no twist no epicentro do filme o aspeto que mais surpreende e o diferencie.

Nao obstante deste ponto fica claramente a ideia que é um filme de estudio de terror para ter uma repercurssão imediata do ponto de vista comercial, mas que por acaso e pelo impacto do terror que consegue acaba por satisfazer moderadamente os adeptos do terror, mesmo que nao tenha propriamente elementos diferenciadores significativos.

Nao sabemos que sera suficiente para reavivar a saga em termos de cinema global, sabemos que temos um inicio razoavel no genero de terror num filme sem grandes cuidados esteticos mas que cumpre os poucos objetivos que se coloca. Fica a clara sensaçao que falta personagens ancora que sustentem o filme na possibilidade de uma eventual saga.

O filme fala de uma freira que acaba por ir para um convento e percebe a determinada altura que toda aquela cultura onde esta inserida guarda um terrivel segredo a qual juntamente com dois padres tenta desvendar.

O argumento tem a tipica base de demonios que é tão frequente no cinema de hoje em dia, mas com alguns apontamentos que funciona principalmente o twist intermedio que guia o fundamento do filme. De resto o basico num filme de terror de estudio, pouco risco, muito horror e muitas premissas abertas.

Na realizaçao o projeto e de um realizador uriundo de um cinema menos mediatico, que arrisca pouco na forma como nao da o filme uma assinatura muito clara, embora funciona na forma como consegue dar um toque de filme de estudio, que podera o colocar como mais um tarefeiro deste tipo de obras.

O filme tem um cast simplista, alguns atores oriundos de series a procura do seu espaço, como o caso da protagonista Tiger Free, que tem intensidade para uma personagem relevante e exigente fisicamente. Nos secundarios alguns atores reconhecidos nas tipicas prestações de segunda linha.


O melhor - O twist intermedio

O pior - Omen nao ser uma saga com relevância para criar algo diferenciado


Avaliação - C