Monday, May 09, 2022

Umma

 Março ficou registado com o lançamento de alguns filmes de terror com diversos contextos. Este trás um filme concetual sobre a rigidez das tradições orientais numa obra simples, que acima de tudo quer explorar a capacidade estética das expressões faciais de Sandra Oh. Em termos criticos a mediania levou a que o filme ficasse um pouco aquem principalmente comparado com outros filme de terror, concretamente X que estreou na mesma altura. Comercialmente a produçao de Sam Raimi não foi suficiente para o filme brilhar com resultados muito rudimentares.

Sobre o filme eu confesso que quando vejo um filme com menos de 90 minutos de duração, ou o filme e de uma intensidade plena do primeiro ao ultimo minuto, ou fica a ideia que na produçao algo ficou perdido e o filme atalha para o seu fim. Pois bem parece evidente isso neste filme. Uma introduçao demorada, onde passa mais de metade do filme a introduzir as personagens, quando filme passa para a açao temos cinco minutos e pouco mais e depois a redençao, num filme que não ter minimo terror, ou mesmo horror, e que os efeitos visuais ficam nas expressões faciais de Oh.

Em termos narrativos a base de transpor os pesadelos do passado para o presente e muito utilizado, nem sempre com o sucesso ou mesmo com a intensidade que se espera e ai fica o facto do filme nunca se assumir verdadeiramente como um filme de terror caindo demasiadas vezes na intensidade do thriller psicologico que nunca o filme é na verdente na intriga e dos avanços e retrocessos das personagens que o genero acaba por exigir, acabando o filme por nunca prender ou ter a minima capacidade de se fazer chegar ao espetador.

Assim surge um cinzentissimo filme de terror, sem qualquer tipo impacto emocional ou estetico no espetador, que parece uma tentativa de trazer uma Sandra Oh em boa forma na televisão para um registo mais estetico no cinema, mas que sabe a muito pouco, e isso parece que o filme percebe razão pela qual atalha caminho para um final repentino.

A historia segue uma mãe e uma filha marcadas pela anti socialidade e por caracteristicas particular de ambas, que acabam por começar a chocar quando se descobre a origem de muitos dos medos da mãe a forma como os mesmos ainda parecem querer assombrar o passado.

Em termos de argumento fica a ideia que o filme nao tem caracteristicas de ser de terror, assumindo-se como tal e para thriller tambem fica a ideia que o filme tinha de ser mais composto na sua especificidade ficando a meio caminho e sem qualquer trajeto concreto

Na realizaçao fica a clara ideia que as expressoes de Oh poderiam dar esteticamente um bom fundamento de um filme de terror, contudo esta estreia de Shim não leva o filme para a intensidade psicologica que o filme necessitava e por isso o filme acaba por ficar a meio trajeto.

No que diz respeito ao cast Oh cumpre, já que nos parece claro que a sua escolha foi obviamente estetica para as expressões faciais que da ao filme e que sao o que melhor funciona. No restante escolhas pouco impactantes num filme que tambem nao exige.


O melhor - As expressões de terror de Oh

O pior - A forma como o filme nao se assume como thiller nem terror


Avaliação - D



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