Um dos filmes mais valorizados e premiados no ultimo Festival de Cannes conseguiu aguentar o mediatismo em ascenção e foi uma das surpresas nas nomeaçoes para os Oscares ao associar à ja esperada nomeaçao para melhor filme estrangeiro a de melhor argumento, tornando-o num filme a ver, apesar do ainda pouco mediatismo do cinema nórdico. Este particular filme de um realizador que ja tinha estado dentro do sistema americano acabou por ser um dos filmes com melhor critica em termos de festivais com avaliações muito positivas, sendo que esse reconhecimento acabou também por resultar em resultados comerciais substantivos que o tornaram num dos filmes referencias do ano.
Sobre o filme podemos dizer que em termos de argumento temos um filme simplista sobre as aventuras amorosas e desventuras de uma jovem a tentar descobrir o seu percurso de vida nas suas relações e acima de tudo aquilo que quer ou não quer da vida. A forma desprendida com que o filme nos da a personagem encaixa num realismo que o filme quer transmitir, mesmo que o filme tenha sempre pouca capacidade de surpreender o espetador na sua historia, acabando por ser mais surpreendido no formato.
E aqui e onde Trier leva o filme para uma dimensao mais artistica, quer na divisão que faz das sequencias, mas acima de tudo em um ou dois momentos em que o filme tem a capacidade de artisticamente entrar na mente da personagem central e explorar a mesma com um lado artistico que diferencia o filme e lhe da aqui os melhores elementos, embora me pareça que no final o filme acabe por ser uma obra que poderia ter outro alcance com uma historia de base mais forte.
Mesmo assim aqui temos a demonstração que mesmo em circuitos de cinema menos provaveis o cinema e universal e com meios as historias aparecem. Apesar de tambem me parecer que este lado independente de um filme de um circuito menos obvio acabe por ser algo sobrevalorizado no resultado final do filme, este e um filme competente e bem interpretado que merece ser visto.
A historia fala de uma jovem aspirante a fotografa que acaba por se ir apaixonando e desapaixonando por diverentes individuos que vai conhecendo numa formula de exprimentar para escolhar, sempre com a certeza que ficara ligada as particularidades de cada um deles.
Em termos de argumento parece-me claro que o filme e mais competente nos momentos isolados, como dialogos situacionais do que na historia de base que acaba por ser algo simplista e pouco intensa. Fica a ideia que e uma historia igual a qualquer outra e que so em espaços o filme se diferencia.
Na realizaçao Trier e um jovem realizador que o cinema esta atento a alguns anos mas que lhe faltava ainda o seu filme de referencia, depois de embarcar em diversos filmes mais pequenos em festivais internacionais tem aqui o filme que pode ser a entrada em altos voos ja que todos vao estar atentos ao que vier em seguida. O filme tem principalmente a espaços momentos de otimo cinema.
No cast a escolha por atores noruegueses e obvia e o filme ganha com isso. A interpretaçao de Renate Reinsvie domina o filme e que conduziu a que jovem atriz saisse vencedora como melhor atris em Cannes. Nao chegou para o oscar, se calhar porque a personagem e muito proxima dos padroes europeus de cinema. E bem acessorada por um intenso Anders Lie que tambem tem alguns dos melhores momentos do filme.
O melhor - Os momentos de arte cinematografia de Trie
O pior - A historia base do filme e limitada
Avaliação - B-
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