Tuesday, September 28, 2021

Intrusion

 Numa altura em que a Netflix prepara-se meticulosamente para a temporada de premios, onde tem estado bastante ativa nos ultimos anos, alguns dos seus projetos menos ambiciosas vão sendo lançados entre outros. Um desses filmes foi o thriller Intrusion com uma dupla de actores que ja estiveram num melhor ambiente em termos de desenvolvimento de carreiras e o tipico filme de suspense. O resultado critico do filme foi bastante negativo, com avaliações muito danosas para o filme e que resultou, quem sabe, no pouco impacto que o filme acabou por ter na plataforma.

Sobre o filme temos um filme de explicaçao rapida que tenta jogar com twist sobre o porque das coisas, mas acaba por ser previsivel de mais e dar demasiado cedo uma noçao de como tudo vai acabar quando e pensado para o oposto. Este exagero acaba por ser um defeito que provoca dano no impacto de cada minuto, e resultar num filme frouxo, repetitivo e pouco original.

Outro dos problemas do filme acaba por ser a clara falta de explicaçao para o que quer que seja, tenta abordar a questão da saude fisica vs mental sem nunca na realidade se debruçar sobre qualquer uma delas, diferenciando-as por completo naquilo que é a reação. Por outro lado temos uma das personagens mais mal caracterizadas que tenho memoria, um vilão com os tiques todos de o ser e que tenta esconder essa vertente.

Por tudo isto um thriller serie B de qualidade muito reduzida, que peca nos parametros essenciais de qualquer historia de suspense, que e a previsbilidade, fica a ideia que o filme nunca consegue encontrar o norte e a toada e sofre por escolhas muito deficitarias nos seus elementos fulcrais, ou seja um desastre.

A historia fala de um casal que se muda para uma terra pequena, mas que acabam por ser incomodados por intrusos com intençoes duvidosas, mas que os leva a uma reflexao sobre o passado e sobre a razão de tal assalto.

Em termos de argumento o filme esquece as personagens, tem a ideia do balanço entre doenças que nunca consegue potenciar e perde completamente o sentido na forma como denuncia tudo o que nos vai revelar que acaba por ser dos piores defeitos que um argumento de um thriller acaba por ter.

Na realizaçao Adam Salky e um realizador de segunda linha que consegue ter uma boa caracterização espacial e da casa que acaba por dar o contexto para a intensidade psicologica que o filme quer ter, mas depois falha naquilo que e o esconder da historia para o impacto, e isso e um defeito que tem de ser sublinhado.

Se em alguns momentos muitos pensaram que Marshall-Green e Pinto poderiam ser figuras maiores do cinema, com inicios de carreira auspiciosos, este filme demonstra e explica o porque de nao terem sido, e de atualmente deambularem por projetos menores. Marshall-Green coleciona tiques sem grande sentido que destroem a revelaçao do filme e Pinto, parece sempre fora de tom, num espetaculo fraco de atuaçao que acaba por ser uma balanço atual da carreira de ambos nestes ultimso anos.

O melhor - A casa


O pior - A personagem de Henry


Avaliação - D



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