Saturday, May 01, 2021

Things Heard & Seen

 Numa altura e num projeto em que a netflix se propos a semanalmente nos entregar uma longa metragem eis que surge mais uma dessas apostas com uma atriz em forma como Amanda Saeyfried e um filme de terror numa pequena cidade tendo como objetivo o entertenimento rapido. Embora trouxesse uma dupla de realizadores que ja obteve algum sucesso critico no passado o filme nao passou de uma mediania critica que o tornou quase invisivel. Mesmo em termos comerciais parece que nesta altura o serviço acaba por disponibilizar projetos mais apelativos.

Sobre o filme podemos dizer que se trata de um thriller psicologico sobre vivencias de casal, e de escolhas a procura de do sucesso que acaba por funcionar nos elementos mais praticos sobre o desenvolvimento das personagens e a forma como as intrigas entre elas vao crescendo e principalmente quando muito do veu sobre elas se vai levantado. Na intriga simples o filme ate funciona.

O problema e que com a entrada na cidade pequena e com a introdução de elementos paranormais o filme dá uma componente espiritual que nao funciona e que nos parece ser totalmente dispensavel e so torna o filme difuso e confuso sem qualquer ganho adjacente a nao ser a componente visual do seu final.

Por tudo isto parece-nos uma historia simples, com objetivos curtos que tenta acrescentar a componente fisica de um thriller psicologico e quase policial com o lado espirtual que nao combina e que fica a ideia que o filme deveria ter-se deixado na terra e isso acabaria simplesmente por nos dar um trailer psicotico igual a muitos.

A historia fala de um casal que embarca para uma pequena cidade e para uma casa estranha de forma a tentar realizar os objetivos profissionais do elemento masculino. Contudo com o passar do tempo e com o crescimento de relaçoes com outras pessoas da comunidade o casal e posto a prova, principalmente quando acontecimentos inexplicaveis começam a acontecer em casa.

O argumento e um conjunto de ideias demasiado diferentes para combinarem entre si. O filme tenta isso e acaba por ser confuso e nao conseguir potenciar o lado dos limites morais das personagens que seriam um epicentro muito mais bem escolhido do que acaba por ser este.

Na realizaçao Berman e Pulcini e uma dupla de realizadores que ja conseguiu no passado com American Splendor ter alguma prespetiva de ser de primeira linha, o que se foi desvanecendo, acabando por se dirigir para a televisao. Aqui um projeto que no final tenta ter uma componente estetica diferenciada mas insuficiente para tornar o trabalho de realizaçao minimamente impactante.

No cast temos uma Seyfried na ressaca da nomeaçao para o oscar numa personagem que podia ter outra dimensao, mas cujas limitaçoes da atriz e das ideias do filme para a personagem limitam. O maior destaque vai para James Norton um ator ingles a tantar ganhar tempo, que acaba por ter bons momentos  numa personagem interessante mas que cai em excesso na repetiçao.

O melhor - O lado terreo do filme

O pior - O lado espiritual


Avaliação - C



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