Friday, May 21, 2021

The Mitchels Vs Machines

 Numa altura em que o cinema e principalmente as aplicações de Streaming ainda andam à procura do seu balanço, a Netflix lançou na animação, aquele que á ate ao momento o filme criticamente mais bem recebido do ano. Esta animação refrescante e apocalítica que junta os perigos de uma sociedade cada vez mais informatizada com as ligações familiares tornou-se num sucesso critico que coloca desde ja a animação como um dos pontos fortes do ano. Comercialmente pese embora a Netflix tenha neste momento projetos mais fortes a forma diferenciada do projeto deu alguma visibilidade ao mesmo

Se existe género que na minha ótica começou bem este ano de 2021, foi a animação. Se a Disney ja tinha feito funcionar no seu projeto Raya, este filme mais original, numa abordagem mais diferenciada e também um dos bons filmes do ano, não só na mensagem e narrativa que nos quer dar mas acima de tudo na originalidade de uma estética totalmente trabalhada e que demonstra a criatividade dos seus autores do primeiro ao ultimo minuto com muito humor a mistura.

O filme apesar de longo, um dos maiores defeitos da sua construção e por vezes adquirir a determinada altura mais uma volta no carrossel do que necessário, e a conjugação dos elementos mais fortes que fazem funcionar a premissa. Temos uma historia atual, muito bem trabalhada e um segundo elemento de drama familiar em que a peças encaixam perfeitamente na missão de cada uma delas. A isso junta-se um desenvolvimento exagerado que permite o potenciar da mensagem e um humor que acompanha.

Por tudo isto mesmo não tendo o peso sentimental e a mensagem ideológica que os melhores filmes ideológicos da Disney consegue ter, temos uma obra que junta irreverencia e criatividade que demonstra que o cinema de animação esta cada vez mais completo nos destinos das suas mensagens, e este é apenas mais uma dimensão dessa toda universalidade.

A historia fala de uma família desunida que em plena crise de crescimento de filhos acaba por ter de se unir numa luta pela sobrevivencia contra uma aplicação que controla todos os objetos inteligentes que tem como objetivo extinguir a humanidade.

Em termos de argumento apesar de algo estranho na sua essencia o argumento e bem trabalhado, não só na historia em si, na mensagem que passa e no estilo de humor que o filme quer dar. Isso acaba por dar um toque refrescante original que e o veiculo na abordagem diferenciada que o filme acaba por ter.

Na produçao muito risco, muita originalidade, mas o filme funciona. O estilo irreverente, muito colorido e um dos segredos que faz funcionar bem o filme do primeiro ao ultimo minuto. Se calhar deveria ser mais curto, mas isso não impede o filme de se fazer notar.

No cast de vozes o maior registo e aquele que mais surpreende e a de Olivia Colman como Pal, e a grande surpresa num conjunto de outras vozes bem escolhidas que encaixa nos objetivos que o filme quer ter para cada uma das personagens.


O melhor - A forma como o filme consegue unir irreverencia e criatividade

O pior - A duração


Avaliação - B



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