Thursday, April 01, 2021

La Vita Davanti a Sé

 Esta drama italiano foi uma das apostas da Netflix para a temporada de premios tentanto ao maximo rentabilizar a formula de uma Sophia Loren envelhecida, mas como um icon do cinema italiano, num drama intenso sobre dificuldades ao longo da vida. Este pequeno filme que parecia transbordar ambiçao acabou por sobreviver positivamente a critica especialziada e comercialmente sera sempre um projeto apetecivel de uma NEtflix que teve o monopolio das longas metragens em 2020.

Sobre o filme temos um drama que arrisca pouco, a tipica historia que apela ao coração dos espetadores na relaçao entre um jovem orfão e um mulher que passou a infancia num campo de concentração, numa ligaçao de entreajuda na dificuldade. O filme tem um ritmo lento, pensa muito na questão emocional que aborda bem, mas depois penso que cai sempre na opçao mais facil que lhe da um lado de telenovela que talvez nao o deixe crescer.

Um dos problemas de uma historia como esta, e que a mesma vai de imediato cumprir alguns dos seus objetivos, mas exige por outro lado que para o resto funcionar o filme tenha de ter algo mais, que consiga ir buscar alguns elementos diferenciadores que o tornem um objeto artistico e o filme tem essa dificuldade. E mesmo o carisma de Loren acaba por estar apagado numa obsessão patente pela emoçao facil que o filme tem.

Por tudo isto temos um filme bonito, um filme sobre a ligaçao das pessoas, sobre as dificuldades mas depois temos o caminho mais facil que faz o filme cumprir os seus curtos objetivos mas nao consegue que este vá mais longe em termos de resultado e o torne impactante e diferente nos seus outros atributos e isso limita o seu alcance.

A historia fala de um jovem orfão que acaba por passar a residir com uma mulher idosa com um passado escondido que se dedica a albergar e orientar crianças filhos de prostitutas sem retaguarda, numa relaçao de teste de barreiras e conflitos.

Em termos de argumento a historia é bonita e todos sabem que funcionaria sempre nas suas maiores premissas. O problema e que nos detalhes do argumento aqueles que poderiam levar o filme para mais altos voos as coisas não funcionam tão bem quer por dialogos pouco trabalhados quer por personagens demasiado obvias.

Na realizaçao Edoardo Ponti e um realizador italiano que ate este filme tinha pouca expressão ainda no cinema internacional, que é competente em dar o que os filmes italianos normalmente melhor entregam que é o contexto social, mas pouco mais, depois um trabalho simplista que poderá ter espaço para crescer.

No cast obvio que todos os holofotes estão na construção de Sophia Loren, quase aos 90 anos numa personagem intensa. Loren esta afastada do grande ecra a muitos anos e a sua prestação vale mais pela sua presença do que propriamente pelos recursos que ela apresente. Ao seu lado temos um jovem Gueye competente.


O melhor - A historia emotiva

O pior - A incapacidade de completar uma historia de impacto com elementos diferenciadores


Avaliação - C+



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