Sunday, January 03, 2021

Let Them All Talk

 Era uma das grandes apostas da Hbo Max neste inicio de carreira para a temporada de premios, um filme de SOderbergh com um elenco de veteranas de luxo, num filme sobre retrospetiva de carreira, com o ingrediente de ter sido filmado durante uma viagem de um cruzeiro. Este exprimentalismo cada vez mais comum do realizador convenceu a critica mais que os espetadores, e provavelmente ainda não sera em termos de cinema o filme que vai funcionar como impulso para a HBO Max nos seus originais.

Este e um filme muito no continuo de um Soderberg que cada vez esta a exprimentar novas formas de filmar nos ultimos anos o que lhe tem afastado do grande publico e de sucessos totalmente indiscutiveis. Aqui tem um filme simplista sobre personagens ligadas mas desligadas com a curiosidade tecnica de ter sido filmado num navio em andamento com os passageiros por la.

Em termos de historia temos um filme em ritmo cruzeiro que se deixa adormecer em dialogos que ate podem ter algum conceito mas que parecem sempre ser interrompidos de rompante por decisão de um estilo de cinema que nem sempre funciona. No final o filme torna-se com a sua revelação mais interessante mas não apaga o ritmo demasiado lento da sua duração.

E mais uma obra de Soderberg com alguma qualidade mas sem nunca ficar na retina, onde as componentes tecnicas de execução muitas vezes ultrapassam a obra em si, mas não e capaz nunca de ombrear com os melhores projetos do realizador ao longo do tempo.

A historia fala de uma escritora de renome, que a editora espera pelo seu novo trabalho e que de forma a contemplar o seu desejo embarca numa viagem de cruzeiro entre os EUA e o Reino Unido de forma a receber um premio, fazendo-o na companhia de duas amigas com quem tem alguns diferentes e um sobrinho algo desligado.

Em termos de argumento o filme mesmo com ritmo lento consegue alguns bons dialogos embora as personagens nunca sejam particularmente brilhantes. A resolução final da algum alento e alguma luz a uma intriga que nem sempre tem ritmo.

Nos ultimos anos SOderberg tem desaparecido da fama para alguns projetos existencialistas de resultados medianos. Aqui tem um trabalho meritorio pela dificuldade que deu a si proprio e que na imagem nao se encontra traduzido. O seu ritmo de trabalho diabolico nao me parece tambem permitir o aperfeiçoamento das suas obras.

No cast um conjunto de veteranas que encaixam as suas personagens nos seus perfis, principalmente Bergen, afastada do grande publico faz algum tempo. No que diz respeito a Streep e Hedges, ja os vimos bem melhor nos ultimos tempos.


O melhor - O final


O pior - O ritmo quase parado da primeira hora de filme


Avaliação - C+



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