Friday, November 01, 2019

Dolemite Is My Name

Numa altura em que a Netflix começa a jogar todas as suas cartadas para a temporada de premios, que são em algum numero, surgiu este biopic sobre uma figura iconica da cultura afro americana dos anos 70 e que ainda hoje inspira alguns artistas de hollywood. Este filme acabou por conseguir criticas interessantes que poderão levar o filme a ter algumas expetativas na temporada de premios principalmente em algumas categorias. Comercialmente a figura de Rudy Ray Moore nao sera universal mas e uma forma de a conhecer, a temporada de premios podera favorecer o conceito.
Sobre o filme podemos dizer que como qualquer biopic o filme esta claramente dependente da riqueza da pessoa que aborda e neste caso e muita. Quer o carisma, o estilo, mas mais que isso a forma como de uma forma quase isolada conseguiu o sucesso por perceber perfeitamente o que o seu publico queria esta espetacularmente bem trabalhada no filme, que com a entrada no lado cinematografico vai ganhando dimensao e mais que isso satira que o torna num interessante filme do ano.
Claro que em termos humoristicos e necessario gostar do humor ou da formula de Moore para gostar do humor do filme, algo que no meu caso particular nao acontece, mas isso nao impede do filme nos dar outros pontos nao artisticos e mais de personagem, embora se centre mais na personagem no que no interprete, ja que e isso que ficou na historia.
Um biopic que mesmo nao sendo uma produçao totalmente original, funciona bem na conjugação de uma historia interessante, bem integrada num argumento que toca no essencial, mesmo que a produçao e a realizaçao sejam simplistas e apenas contextuais do ponto de vista temporal, traduzem num bom biopic que podera em alguns pontos ter protagonismo na temporada de premios.
Em termos de argumento o melhor que pode acontecer a um biopic e ter uma boa historia para contar e o filme tem. Centrado essencialmente nas conquistas de carreira de Rudy deixa um pouco de lado a vertente pessoal, que continuamos sem perceber embora haja algumas referencias.
E interessante como Craig Brewer e um realizador que tem melhores resultados quando entra na cultura afro americana do que propriamente na cultura atual. Nao sendo um filme com uma abordagem artistica diferenciada, funciona no contexto temporal, de um realizador que estava afastado da fama há algum tempo.
No cast Eddie Murphy e a escolha natural e encaixa perfeitamente nos maneirismos de Ray Moore. Um actor aperciado que nem sempre geriu bem a sua carreira nos ultimos anos que podera ter aqui um filme que lhe poça valer indicações e um reconhecimento que ate ao momento nao teve. Melhor ainda Snipes e a grande interpretaçao do filme que poderá valer algo impensavem que e ver o mesmo nas nomeaçoes a premios.

O melhor - A historia de Rudy Ray Moore.

O pior - O lado pessoal nem sempre e abordado

Avaliação - B

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