Thursday, April 25, 2019

High Life

Estreado em pequenos festivais no final do ano de 2018 este intimista filme tentou nos mesmos acolher uma unanimidade que fizessem dele o objeto estranho na temporada de premios. Contudo o seu lado estranho e quase incompreensivel so chegou a alguma parte da critica os quais avaliaram o filme positivamente mas insuficiente para servir de rampa de lançamento. Em termos comerciais o filme so em meados de 2019 teve a luz do dia, com resultados insuficientes para ter um brilho proprio.
Sobre o filme cada vez mais a critica e o cinema principalmente independente preferem filmes intimistas no espaço que sejam mais que tudo uma reflexao sobre a existencia, podemos dizer que este filme tem um pouco de tudo isto, ou seja uma reflexao em diferentes espaços temporais que reune o lado exprimental da ciencia com o lado mais humano.
Se o filme pode ser ambicioso na forma como e montado parece-me claro que a forma como e dividido e misturado temporalmente torna tudo tao confuso que o torna quase imcompreensivel nos seus propositos, fica apenas a ideia da eternidade, do efemero das relaçoes e muito pouco mais num filme que tem bons momentos produtivos mas em termos historicos acaba por nao concretizar qualquer permissa.
Fica a ideia de um filme ideologico que se perde na sua irreverencia e no seu lado metafisico, num filme que se torna numa mistura pouco apetecivel de assuntos nao entrando nenhum deles no plano central do conflito pelo que o filme em si acaba por ser aborrecido e adormecido, num ritmo lento que nunca permite minimamente que as personagens funcionem
A historia fala de um pai e de uma filha num espaço, que mais nao sao do que os ultimos sobreviventes de uma experiencia cientifica cujo objetivo e testar pessoas no desconhecido.
Em termos de argumento temos um filme com uma base ideologica e filosofica que poderia dar um bom filme mas um filme que nunca se concretiza nos seus propositos acabando por a historia de base nunca existir.
Na realizaçao Claire Denis e um experiente realizadora aperciada pela critica mais diferenciadora. Aqui tem bons momentos de realização na forma como capta o lado mais obsessivo e agressivo das personagens mas o filme nao tem o fio condutor que o poderia levar para um nivel mais consensual.
No cast Patterson tem tentado conquistar um lugar no cinema independente depois do sucesso comercial que teve nos primeiros anos de carreira. Aqui tem risco mas a personagem nao cresce no filme, melhor Binoche com a intensidade tipica que da aos seus papeis.

O melhor - Alguns momentos de realizaçao

O pior - O filme ser adoermecido e impossivel de compreender a sua base

Avaliação - C-

1 comment:

brauns said...

parece um tanto pretensioso para o seu próprio bem.

de qq forma, fiquei curioso.